domingo, 31 de dezembro de 2006
Direito na rede
Dica do Universo Anárquico: retrospectiva 2006 do Consultor Jurídico do Estadão de acontecimentos ligados ao Direito Informático. No artigo, o computador é comparado a um canivete suíço. Assim como o canivete, os autores vêem a tecnologia como um meio, e não um fim. O canivete pode ser usado para o cometimento de diversos crimes, que vão desde um ferimento leve (caso se use uma ferramenta menos afiada) até o cometimento de um homicídio. Assim como o canivete, o computador não é um bem jurídico a ser tutelado, e, portanto, a tendência é que a Internet se torne um tema transversal aos outros temas do Direito (e não um ramo do Direito em si). Vale a pena ler o texto inteiro para perceber os avanços que já se está tendo na área, e verificar o muito que ainda está por vir.
sábado, 30 de dezembro de 2006
Meme: 5 coisas que não sabem de mim
Recebido de Lynz (que, por sua vez, retirou do blog de Maltut).
A idéia é listar cinco coisas que as pessoas provavelmente não sabem sobre mim.
Então, eis a lista:
1. Minha cor preferida é azul.
2. Minhas preferências alimentares são estranhas. Não como carne vermelha, ou qualquer coisa que seja mole e salgada (como maionese, catchup, mostarda, molho branco, creme de leite, margarina, etc.). Basicamente, eu só como coisas secas e sem gosto. Exceção #1: pizza de calabresa. Exceção #2: molho de tomate.
3. Já fiz aulas de piano. Parei porque meus pais não me permitiam fazer duas atividades extraclasse concomitantemente (troquei piano pelas aulas de inglês).
4. Não entendo minha própria letra. Escrevo rápido demais, e isso torna a letra ilegível. Já tomei medidas drásticas para tentar melhorá-la. Fui desde comprar um caderno de caligrafia, até aprender a escrever de trás para frente, de cabeça para baixo, ou com a outra mão.
5. Não consigo ficar parada. Preciso ter sempre o que fazer, nem que seja uma tarefa idiota e sem graça. Essa ânsia de ter sempre o que fazer às vezes me leva a acumular um grande número de atividades concomitantes
Passo o meme para todo mundo que quiser tentar, em especial para a Alessa :P
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Pena de morte
Saddam Hussein está morto. Enforcado. Em geral, as manifestações ao redor do mundo propaladas pela mídia se dividem entre aqueles que apóiam a morte por enforcamento (e, por isso, vibram por saber que o ex-ditador está morto) e os que atacam a questão pelo viés da crueldade da pena de morte. Se eu tivesse que tomar parte em um dos lados (e se realmente se tratasse de uma questão meramente bipolar – nesse ponto a mídia tem uma grande tendência simplificadora do mundo, muitas vezes ignorando a complexidade e multiplicidade da vida), eu iria para o lado da crueldade da pena de morte.
Para mim, a pena de morte é ao mesmo tempo a mais cruel e a mais branda das formas de punição a um criminoso. Cruel porque tira a vida daquele que antes se dedicava a cometer atrocidades (e, nesse sentido, deixar de viver me parece a pior das punições possíveis). Mas branda porque a pessoa simplesmente deixará de existir, ao invés de sofrer/pagar pelo que fez. É também uma solução simples, pois na maioria das vezes não requer muito espaço, tempo ou dinheiro para que a pena seja executada. Economia, pura e simples.
Mas será que tirar a vida de uma pessoa é a solução? Com a morte, tem-se um exemplo para a sociedade (“quem faz aquilo que o morto fez poderá morrer também”), mas não se tem o caráter ressocializador da pena. Há a prevenção (os que estavam pensando em cometer um crime similar poderão pensar duas vezes antes de agir) e retribuição (ao assassino, a morte), mas não há sequer uma tentativa de recuperar o transgressor. Mas tudo bem: nesse caso ainda se pode argumentar que o transgressor simplesmente não tinha recuperação.
Outra saída para o cometimento de crimes cruéis é a prisão perpétua. Não deve ser nada animador não ter a perspectiva de sair da cadeia algum dia. O preso fica lá, preso a seus pensamentos, enclausurado física e psicologicamente em um ambiente funesto, sem chances de sair. Mas também esta solução peca pela falta de socialização. Não se tenta recuperar o delinqüente. Pelo contrário, deixam-no definhar ao acaso, sem um atendimento adequado.
Manter o delinqüente preso por um determinado período de tempo também não tem dado certo. As cadeias, ao menos na realidade brasileira, nada mais são do que verdadeiras escolas do crime. O ambiente não é propício à ressocialização, e o que se tem é um aumento nas taxas de reincidência provocado pelo convívio entre criminosos de diferentes níveis de periculosidade (ao invés de se diminuir as taxas de criminalidade).
O problema dos programas de repreensão da criminalidade é que eles partem do pressuposto de que o criminoso age para ser pego, quando, na verdade, o verdadeiro criminoso (aquele que é inescrupuloso, o que mata por matar) age contando com o fato de que nunca será pego (e, por isso, tanto faz se a pena para o crime que vier a cometer seja prisão simples, prisão perpétua ou pena de morte: ele simplesmente não quer ser pego, e fará de tudo para evitar a punição).
Estamos presos num círculo sem fim de violência e destruição? A humanidade irá acabar assim que o número de criminosos (que vem aumentando a cada ano) for superior ao número de cidadãos de bem?
Mas, e o que fazer então? Às vezes me pergunto se lavagem cerebral (manipulação de pensamento, algo como o que acontece no Admirável Mundo Novo) não seria justificável em alguns casos... Entretanto, outras alternativas mais simples poderiam ser buscadas. Talvez simplesmente não haja uma solução pela via da punição. Não seria melhor tentar cortar o mau pela raiz, dando oportunidades iguais para todos desde cedo? Será que haveria tantos crimes se todos tivessem acesso à escola, se todos tivessem um emprego decente?
Mas, voltando ao caso do ditador inescrupuloso que provocou a morte de milhares de civis inocentes... O que ele ganhou com a morte? A imortalização? Talvez o melhor nesse caso fosse ser a prisão perpétua – com boas doses de tortura psicológica.
(e sim, eu sei que as pessoas não costumam ler os posts extremamente longos deste blog :P)
A eterna espera
Parece que vivemos em um eterno modo de espera. Durante algum tempo, esperamos de forma veemente que uma determinada coisa aconteça. Deixamos de viver as outras coisas, porque esperamos o desenlace de algo em específico. Entretanto, assim que a coisa que esperávamos enfim acontece, ao invés de passarmos a viver e aproveitar o resto, passamos a esperar por alguma outra coisa.
E assim nossa vida se resume a um eterno esperar. Esperamos a formatura, o atendimento no dentista, o acúmulo de dinheiro suficiente para comprar o próprio carro, o crescimento do primeiro filho, o especial de fim de ano na televisão, o reconhecimento de nosso trabalho, a hora exata em que o show vai começar. Em todo momento temos sempre uma meta principal na vida (por mais frívola que seja) e é essa meta que nos impede de viver o resto. Essa meta é tão forte que tem o poder de obscurecer o resto, de fazer com que as outras atividades do dia-a-dia percam seu colorido e se transformem em meros instrumentos para se atingir o objetivo principal. Os demais fatos da vida perdem a sua verdadeira importância.
Por mais doloroso que seja, é preciso aprender a viver cada dia de cada vez. Sim, devemos ter esperança. Mas não colocar a espera por uma determinada coisa como nosso objetivo principal de vida. Nosso objetivo principal de vida deveria ser viver. O que resta são meros acontecimentos. Reconhecer isso envolve uma mudança de perspectiva muito forte. É difícil perceber que a vida acontece entre uma meta e outra, entre um plano e outro, entre uma comemoração e outra. Não é só de momentos especiais que se faz a vida. Ela também acontece nos interstícios entre os momentos de ápice de felicidade. De fato, os momentos de felicidade poderiam se multiplicar se passássemos a encarar cada momento como um momento único, cada dia como um dia especial.
Que 2007 seja um ano especial, cheio de esperas e objetivos a serem alcançados, mas, ao mesmo tempo, repleto de dias em que se possa viver plenamente.
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sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
Discurso das Mídias
O livro “Discurso das Mídias” de Patrick Charaudeau (Contexto, 2006) aborda as mídias sob a perspectiva do discurso que delas emana. O assunto é tratado a partir da perspectiva das estratégias de produção de significado do discurso midiático, como uma forma de chamar a atenção para o fato de que aquilo que é veiculado pela mídia não é uma verdade absoluta, mas se trata, de fato, de uma encenação midiática. O real mostrado pela mídia seria na verdade um real construído, uma realidade que pode bem ser verdade (no sentido de que realmente aconteceu), mas que, pelo fato de poder ser abordado de inúmeras formas diferentes, no momento que se escolhe uma dessas formas, escolhe-se também uma estratégia de significação.
As “mídias” tratadas pelo autor referem-se aos dispositivos tradicionais de transmissão de informação: o rádio, a televisão, e a imprensa escrita. Em vários momentos é preciso fazer distinção entre essas três formas de produção de sentido, pois há diferenças marcantes entre os dispositivos em questão. No rádio há o predomínio da oralidade, o que permite um maior nível de abstração e requer estratégias específicas para se captar a atenção do ouvinte pelo som. Já na televisão, imagem e som podem ser utilizados concomitantemente para a construção do sentido, o que gera um novo problema: como evitar a redundância entre imagem e som? A imprensa escrita, por seu turno, permite que se façam análises mais profundas, pois esse meio permite que o leitor possa voltar atrás para esclarecer algum ponto que não tenha ficado claro no primeiro contato (algo impossível de se fazer, ao menos numa transmissão normal, no rádio ou na televisão).
O livro é dividido em seis capítulos. Na introdução são identificados os pontos norteadores da obra, com a apresentação sucinta do assunto a ser detalhado em cada capítulo.
A seguir, o segundo capítulo procura definir o que é informação (“A informação é, numa definição empírica mínima, a transmissão de um saber, com a ajuda de uma determinada linguagem, por alguém que o possui a alguém que se presume não possui-lo”, 2006, p. 33), e para isso também trata de esclarecer alguns conceitos como discurso, construção de sentido, e tipos de saberes.
O capítulo seguinte aborda a informação na mídia, a partir da noção de contrato de informação midiático. Esse contrato nada mais é do que a relação que se estabelece entre aquele que detém o saber (a mídia) e aquele que se supõe não detê-lo (o público). O contrato de informação midiático possuiria, assim, uma dupla finalidade: informação e captação. Através dele, não só se deve procurar informar as pessoas, como também requer que sejam adotadas estratégias discursivas para prender a atenção do espectador (captação).
As estratégias da enunciação midiática são apresentadas no quarto capítulo da obra. O trecho aborda as maneiras como a mídia produz o sentido, ressaltando o fato de que sempre se procede a uma seleção dos acontecimentos, e que a notícia seria na verdade um recorte da realidade, carregado de intencionalidades. Também é ressaltado o fato de que não existe um único “culpado” pela notícia, pois ela é produzida numa cadeia produtiva que envolve vários personagens, que vai desde o repórter que parte em busca da informação, ao editor final, passando pela diagramação e pela redação da reportagem.
O capítulo seguinte procura abordar os gêneros do discurso de informação, sob a perspectiva de gêneros e tipologias. O autor prefere adotar uma classificação a partir de três critérios, divididos em um eixo horizontal e um eixo vertical. No eixo horizontal situam-se os três tipos de acontecimentos que, segundo o autor, podem ser relatados na mídia: os acontecimentos comentados (como o editorial), os acontecimentos provocados (como os debates) e os acontecimentos relatados (como a reportagem). O eixo vertical é dividido conforme dois critérios: a posição do sujeito enunciador (se externo ou interno à instituição informativa) e o seu grau de engajamento com o que afirma (o que se traduz numa maior ou menor subjetividade do discurso produzido). O editorial, por exemplo, estaria situado numa posição de acontecimento comentado produzido pela própria mídia e com alto grau de engajamento. Já o debate seria um acontecimento provocado, com grau de engajamento médio e situado na zona de produto externo às mídias.
Por fim, o último capítulo faz um balanço crítico da teoria apresentada e das mídias em geral, partindo da análise da cobertura realizada pelas mídias no 11 de setembro de 2001. Para o autor, a ação manipuladora das mídias seria decorrente do fato de pressões externas e internas. As pressões internas levam o autor a concluir que a própria mídia por vezes acaba se automanipulando. Um desses casos de automanipulação ocorre, por exemplo, quando a mídia observa a concorrência (e procura apresentar os mesmos assuntos que os demais jornais, quando na verdade deveriam estar preocupados em mostrar um conteúdo diversificado).
A solução proposta pelo autor é a de que seria responsabilidade do cidadão lutar para que as mídias melhorem. A sociedade organizada teria um poder excepcional para batalhar por alternativas à padronização dos conteúdos e à homogeneização das formas de produção de sentido. Por fim, Charaudeau conclui que as mídias não constituem um poder em si. Entretanto, elas participam do jogo do poder, “mas somente na condição de lugar de saber e mediação social indispensável à constituição de uma consciência cidadã, o que não é pouco” (2006, p. 277).
Por tudo isso, trata-se de um livro indispensável para analistas do discurso que pretendem estudar/ter como objeto de estudo textos midiáticos (para que o façam com conhecimento de causa e com visão crítica), mas cuja leitura também se faz necessária por profissionais da comunicação, para que percebam o quanto poderão estar contribuindo para a manutenção do status quo midiático caso falhem em perceber o quanto o discurso que produzem através das mídias poderá influenciar as pessoas.
Referência:
CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das Mídias. São Paulo: Contexto, 2006.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Prometendo o impossível
Ao acessar aleatoriamente um artigo do Le Monde Diplomatique Brasil, deparei-me com a matéria “A fábrica de desejos” de Ignacio Ramonet, datada de maio de 2001, criticando (detonando) a publicidade. Para ele, a publicidade seria reducionista, no sentido de que oferece uma versão condensada do mundo – ao recorrer sempre aos mesmos estereótipos para significar a vida, para nos impor desejos. O que a publicidade faz é uma promessa a qual é muitas vezes incapaz de cumprir:
“A publicidade promete sempre a mesma coisa: o bem-estar, o conforto, a eficiência, a felicidade e o sucesso. Ela reflete uma cintilante promessa de satisfação. Vende sonhos, propõe atalhos simbólicos para uma rápida ascensão social. Fabrica desejos e exibe um mundo em férias perpétuas, tranqüilo, sorridente e despreocupado, povoado por personagens felizes que possuem, enfim, o milagroso produto que os fará belos, impolutos, livres, sãos, desejados, modernos...”E nós, os idiotas consumistas, acreditamos (ou melhor, fingimos acreditar) que aquele mundo maravilhoso proposto pela publicidade é, na verdade, um mundo possível :P
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segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
Localização do Papai Noel
Atenção, crianças impacientes! O site da defesa aérea norte-americana (não tenho certeza da tradução da sigla) traz uma página especial que mostra em tempo real a provável localização do Papai Noel ao redor do mundo (conforme questões de fuso horário e detalhes do tipo). As imagens são produzidas pelo Microsoft Virtual Earth. (O Google Earth também tem sua versão de localizador de Papai Noel). A essa altura o Papai Noel já visitou todos os lugares do mundo, mas ainda é possível assistir a vídeos de algumas dessas visitas.
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Milagre de Natal
Chuva em Bagé! Está chovendo desde cedo. Se continuar assim por mais algumas horas, pode ser que eles reduzam o racionamento de água atual de 18 horas por dia :D
Em tempo: por que sempre chove em feriados? (mesmo nos feriados em segunda-feira!)
>-- Update: parou de chover lá pelas 14h30, e pouco depois das 15h já tinha até sol... :T
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domingo, 24 de dezembro de 2006
Natal
Feliz Natal a todos!
Uma piadinha básica, para entrar no clima:
João era um menino pobre que mandou uma carta para Papai Noel. Assim que a carta chegou ao correio, os funcionários, sem terem para quem mandar a carta, resolveram abri-la. Nela, João dizia que não queria presentes e sim R$ 200,00 para comprar remédios para sua mãezinha que estava muito doente. Disse também que era pobre, porém trabalhador, e que tinha sido um bom menino durante o ano.
O pessoal do correio, sensibilizado com tamanha pureza, fez uma vaquinha e, cata daqui, pede de lá, angariou R$ 100,00, que foram enviados a João em nome de Papai Noel. Passado algum tempo, eis que chega uma outra carta de João para Papai Noel. A carta dizia: "Caro Papai Noel, muito obrigado pelo dinheiro que o senhor me mandou. Minha mãe já está melhor e manda agradecer. Gostaria apenas de lhe pedir um favor: da próxima vez que o senhor mandar dinheiro para mim, entregue diretamente no meu endereço, pois aqueles filhos da mãe do correio passaram a mão em metade da minha grana!"
(mais aqui)
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sábado, 23 de dezembro de 2006
Livro
Meu livro chegou hoje. No site dizia que os pedidos feitos até 7/12 teriam entrega garantida antes do Natal, mas eu achava que o prazo só valesse para entregas nos Estados Unidos, na Inglaterra, ou algo parecido. Aproveito a oportunidade para falar sobre o serviço da Lulu.com. Pelo que entendi, a editora tem sede na Inglaterra, mas possui escritórios e gráficas também nos EUA e na Espanha. O meu livro, por exemplo, veio da Espanha. A Lulu.com é uma editora on demmand que é realmente on demmand. A idéia é a de que qualquer um pode publicar seu livro, e em qualquer quantidade. Para se ter uma idéia, é possível desde publicar um livro só para si (enviar para a editora, mas sem tornar a obra pública no site) e imprimir uma única cópia, até, no outro extremo, publicar um livro no site para qualquer um comprar, e nem sequer adquirir uma cópia para si mesmo. A editora adota totalmente o conceito de imprimir por demanda, ou seja, vai imprimindo novas cópias do livro à medida que o autor, ou algum interessado, vai solicitando. Para que os preços não fiquem excessivamente altos, é o próprio autor quem deverá editar, revisar e formatar o livro para publicação. Também dá para contratar esses serviços através do site, mediante pagamento, mas provavelmente não valha a pena. A tarefa não é tão difícil assim, e o site ainda traz vários manuais explicando como fazer para deixar o livro dentro das especificações técnicas ideais para impressão. Depois de enviar o livro formatado, a editora dá um prazo de cinco dias para imprimir as cópias solicitadas, e depois faz o envio para qualquer lugar do mundo. A taxa cobrada é um valor suficiente para cobrir os gastos com impressão. Mas a pessoa pode escolher se quer cobrar algum valor a mais de terceiros para lucrar com a obra. Nesse caso, a empresa se reserva no direito de ficar com uma parte dos lucros. Mas o bom é que o autor também lucra. As demais taxas, de registro da obra e obtenção de ISBN, por exemplo, correm por conta do autor. A divulgação do produto também deve ser feita pelo autor, mas o site traz dicas e modelos de folderes e releases para quem quer promover o produto por conta própria. A editora, basicamente, só imprime, e coloca à venda no site. E é aí que reside o sucesso da empresa, pois permite que qualquer um publique seu próprio livro pela Internet e com um preço bastante acessível.
A minha cópia foi gratuita. Todos os vencedores do NaNoWriMo deste ano tinham direito a uma cópia gratuita da obra via Lulu.com (desde que formatassem por conta própria). Não tive muita paciência para formatar, e o resultado foi um livro meio esquisito. Quer dizer, o livro realmente tem cara de livro (tem capa, contracapa, e até textinho na lateral!), mas as páginas internas ficaram meio esquisitonas. Acho que botei texto demais em cada página (faltou um pouco mais de margem, talvez) e a partir da parte 2 não consegui mais eliminar a numeração das páginas em branco (o resultado são várias páginas deixadas propositadamente em branco, mas que na verdade não estão totalmente em branco, porque se encontram numeradas).
Enfim, além de ser a única cópia impressa do livro disponível em todo o universo, tem cara de livro, e, por mais que não tenha conteúdo, vai ficar muito legal na minha estante junto com os livros de verdade :D
Para quem tiver curiosidade, dá para espiar a versão em pdf da obra gratuitamente no site da empresa.
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O segredo da felicidade
É permitido reciclar idéias antigas? :P Hoje resolvi circular pela pasta do PC que contém os arquivos que eram do outro computador (ou seja, de um período anterior a 2003) e encontrei este texto, dos tempos que eu usava as horas que antecediam o momento de conectar à Internet para inventar historinhas felizes e/ou idiotas, para depois lê-las e me divertir com elas. Há várias outras histórias mirabolantes nessas pastas antigas. Atualmente, com Internet a cabo e possibilidade de conexão a todo momento, acho que perdi um pouco do meu lado criativo/inventivo... :/
O texto:
O Segredo da Felicidade
Um dia, cansado da correria do dia-a-dia, você decide ir em busca do segredo da felicidade.
Depois de escalar a mais alta e fria montanha do mundo, exausto e ao mesmo tempo curioso, você pergunta ao mestre lá no cume:
— Mestre, qual é o segredo da felicidade?
— Uma cama bem quentinha.
— Como é que é?
— Depois de passar uma eternidade aqui em cima, você queria que eu respondesse o quê?
Perplexo, e ao mesmo tempo desapontado, você não desiste. Persiste em sua eterna procura por um momento de paz. Decide variar um pouco. Escalar um vulcão. Sim, porque, sendo alto, provavelmente terá um sábio lá no topo.
Horas mais tarde, um calor infernal, você se vê novamente cara a cara com o grande mestre. Repleto de gotículas de suor, insiste:
— Mestre, qual é o segredo da felicidade?
— Um enorme e potente ventilador.
— Eu mereço!
Mas você não desanima. Escala prédios, pontes, torres, montes, e não desiste. Nem mesmo recebendo respostas as mais absurdas dos velhos sábios das montanhas.
Depois de muito procurar, perto do entardecer, você simplesmente se declara vencido. Chega mais cedo do trabalho em casa. Escala os dois degraus que separam sua casa do desnível da rua: sua montanha. Entra sem fazer barulho, pois não quer atrapalhar o ritmo normal da casa. Vê seu filho comemorando uma vitória no videogame. Encontra sua mulher emocionada com o final de uma novela. E descobre que o segredo da felicidade é simplesmente parar de procurar por ela.
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Baú de memórias
Tomei coragem e mexi no baú de memórias. Eis um trecho que encontrei em um dos cadernos que ali estavam:
“Hoje terminaram minhas férias – a volta às aulas é sempre divertida! O detalhe é que não sei se vou conseguir me acostumar à rotina de aula de manhã, educação física à tarde, e cursinho de noite, como hoje, por exemplo! Por que passar no vestibular é tão difícil? :/ E o pior é que preciso decidir que curso fazer antes das inscrições (sic). E as inscrições para o vestibular da UFRGS começam logo em seguida, provavelmente ainda este mês!”Eu, há 3 anos e meio atrás, em um tempo em que ainda nem sonhava em fazer duas faculdades. Algumas páginas adiante, no mesmo caderno, está a lista de prós e contras que fiz para me ajudar a escolher qual curso fazer de faculdade. Constam na lista cursos como Administração, Letras, Tradução, Análise de Sistemas, Publicidade, Meteorologia (!), Astronomia (!!), Biblioteconomia, Jornalismo, Ciências Atuariais, Economia, Direito, Estatística e Engenharia da Produção (absurdo ou não, esta acabou sendo minha 2ª opção no vestibular da Ufrgs). Pela lista, o grande vencedor (em termos de proporção entre prós e contras) foi o curso de Letras. Jornalismo ficou em segundo. O Direito estava quase em último, logo atrás de Meteorologia, pois os dois tinham o mesmo número de prós e contras (mas, proporcionalmente, o Direito tinha mais prós e contras que o outro curso). Ou seja, ainda não consigo entender como fui cair de pára-quedas no curso de Direito... :P Se eu tivesse seguido a lista à risca, no máximo estaria cursando Letras e Jornalismo, o que não seria nada mal... :) Vá entender o que se passava na minha mente de três anos atrás...
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terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Tratado de extradição
“My guess is that he’s gone somewhere with no extradition treaty. Probably Brazil” (trecho de Anansi Boys, de Neil Gaiman, pág. 258)
Uma das principais características do Direito Internacional tradicional (ao menos daquele que ainda não está voltado para políticas de integração) é o seu aspecto relacional. Embora possam vir a ser celebrados tratados multilaterais em escala regional e até mesmo mundial, estes só terão eficácia entre as partes se elas assim concordarem. Desse modo, é como se todas as relações de direito internacional fossem de fato bilaterais. Um país só fará o que outro determinar se entre eles houver um acordo de reciprocidade. Do contrário, a lei internacional de nada vale. É apenas palavra, desprovida de significado, uma estrutura sem conteúdo, um significante vazio (exceto, vale lembrar, nos casos em que haja uma autoridade supranacional para assegurar o cumprimento das medidas mesmo contra a vontade dos Estados).
É nesse sentido que a extradição está sendo (bem) tratada no livro. Por mais que um criminoso tenha cometido um crime em um determinado país, e tenha fugido para outro, ele só poderá ser extraditado para o país onde o crime foi cometido (para então ser julgado e responder pelo delito) se houver tratado de extradição entre os países envolvidos (no caso, entre o país de cometimento do crime e o país para onde houve a fuga). É óbvio que um criminoso esperto e meticuloso poderá aproveitar a oportunidade para escapar para um país que não tenha tratado de extradição com o país do qual ele está fugindo, de modo a ficar impune.
Em tempo: Brasil e Inglaterra (local onde se passa grande parte do livro) celebraram um tratado de extradição em 1997. Talvez não houvesse tratado de extradição lá nos tempos de Ronald Biggs. Mas em 2005, ano em que o livro foi escrito, havia sim tratado de extradição entre os países. (Okay, talvez nem todos os leitores sejam assim tão metódicos e paranóicos...)
domingo, 17 de dezembro de 2006
Lembranças
Reminiscências do passado. Recordações que insistem em não serem esquecidas. Memórias que não querem ser apagadas. Toda volta para casa é recheada de lembranças e nostalgia.
A cidade - Continua tudo igual. As ruas com seus constantes paralelepípedos irregulares, as calçadas largas e convidativas a um passeio, as casas predominantemente baixas, a grama eternamente por fazer... A rua onde moro está do mesmo jeito de sempre, talvez com os canteiros melhor cuidados. A casa ao lado segue em sua eterna demolição (parece que agora ela é só fachada).
A residência - Tudo é igual, mas ao mesmo tempo tudo é tão hostil. Difícil sentir a casa onde morava novamente como um lar. Os móveis são os mesmos, mas os objetos sobre eles são diferentes. Um relógio de metal levemente adiantado marca a passagem do tempo na biblioteca. O que faz o novo junto ao velho? O que faz o eterno devir junto ao imutável passado? O tempo passa, os livros envelhecem, mas as histórias permanecem as mesmas – constantes, trágicas, eternas.
A piscina parece menor (e de fato o é: colocaram uma piscina dentro da outra e preencheram o espaço vazio com areia para aumentar o tamanho do pátio).
O quarto - Tudo é tão hostil, mas ao mesmo tempo tudo é tão familiar. Meu quarto parecia imenso na infância. Hoje creio que ele tenha proporções normais, talvez seja até um pouco pequeno. Os puxadores da cômoda, outrora dourados, perderam o brilho – se é que algum dia o tiveram. Há um ferro de passar sobre a mesa. Sinal de que o quarto recebeu uma nova utilidade? Olho para os CDs da estante e não me imagino escutando aquelas músicas. Eles pertenceram a mim em algum outro tempo? E por que esses títulos, essas músicas, essas fotos nas embalagens, não me evocam nada?
A cortina segue destoando do todo, de um jeito que parece que ela foi colocada ali, caso fosse capaz de decidir, mesmo contra sua vontade. O abajur já não funciona mais. As paredes estão cada vez menos azuis. Já nem lembro mais por que eu não gostava das almofadas, exceto pelo tom pálido do amarelo e do azul. Mas também não sei se isso é fruto da ação do tempo, ou se elas foram sempre assim, tão desbotadas.
O guarda-roupa está tomado de roupas alheias. Consegui desocupar duas gavetas. Espero que seja o suficiente para que eu me sinta novamente em casa.
Acredito que meus papéis antigos ainda permaneçam no baú. Mas não ouso abri-lo. Talvez daqui alguns dias. Tenho medo das lembranças e dos fantasmas que poderei encontrar ali dentro.
Aquele baú é para mim uma espécie de máquina do tempo. Mas uma máquina que funciona apenas para mim. Qualquer um pode ler as mensagens de caligrafia apressada das páginas ali guardadas. Mas só comigo elas serão capazes de invocar lembranças completas, de um tempo em que, embora não percebesse, eu devia ser feliz.
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sábado, 16 de dezembro de 2006
Balanço do semestre que passou
Duas faculdades, dois estágios. Sobrevivi, quase ilesa (pequenos ferimentos incluem um 5,8 em DIP e um 6,9 em Administrativo – a média é 7,0). Mas sei lá, não sei até que ponto vale a pena manter meus dias extremamente ocupados, sem sobrar tempo para nada – nem mesmo para pensar.
Foi nisso que pensei esta semana ao assinar o termo de encerramento de estágio voluntário. O pessoal todo ficou dizendo que se eu quiser voltar no ano que vem serei muito bem-vinda e tal. Mas, será que vale a pena? Até porque já decidi que não pretendo seguir carreira no Direito, e fazer um estágio jurídico, ao menos em tese, seria uma total perda de tempo – ou também posso encarar o estágio como a minha única chance de experienciar a prática jurídica :P (hipótese absurda, mas plausível).
O estágio teve de ser encerrado porque a Justiça não prevê férias para os estagiários voluntários. Então quer dizer que, além de trabalhar de graça e realizar tarefas repetitivas e monótonas, em tese a gente teria que trabalhar também o ano todo? Isso é quase trabalho escravo! É para essas e outras que um Sindicato dos Estagiários da Justiça seria necessário.
Outra coisa que pesou bastante nas notas foram as viagens. O 5,8 em DIP, por exemplo, foi referente a uma prova que fiz na semana seguinte ao Intercom. Se bem que a nota não quer dizer absolutamente nada. Acho que aprendi bem mais sobre diplomacia passeando de carro pelas embaixadas em Brasília do que fazendo uma prova idiotizante sobre o assunto (coincidentemente, a prova em questão era sobre o direito de legação, e as diferenças entre embaixadas e consulados...). Enfim, a nota não serve para nada. Ela decorre da sociedade capitalista, que nos impõe a exigência de quantificar tudo, até mesmo índices de aprendizagem, desconsiderando as diferenças individuais, e o fato de que uns apre(e)nderão determinados assuntos mais do que outros, ao passo que outros terão maior facilidade para adquirir outros conhecimentos. É impossível saber tudo.
Mesmo que o estágio tenha sido por vezes bastante burocrático-alienante, valeu a pena no sentido de que aprendi bastante, bem mais do que aprenderia numa disciplina eminentemente teórica e expositiva (praticamente todas as cadeiras do Direitos são assim, infelizmente). Entrei lá sem ter a mínima noção do que era um processo, e, embora continue sem saber muita coisa, ao menos sei bem mais do que (não) sabia antes - o suficiente para ler O Processo, de Kafka, e me solidarizar com a causa de Joseph K. Além do mais, o trabalho burocrático é interessante no sentido de que ele se esgota em si mesmo. Não é preciso levar preocupações para casa, não há tarefas extras. Tem-se aquilo ali para fazer, e pronto. Ao terminar, não resta mais nada. :P
Semestre que vem, continuarei ao menos no outro estágio, que também é no Direito, mas na própria faculdade. O outro estágio é tão menos alienante que tem até lista de leitura para as férias (e tem férias!). E pretendo continuar também com pesquisa em comunicação, porque acho que é isso que realmente quero fazer depois de formada. Espero que sobre tempo, ao menos para leituras :)
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Super salários
Os deputados e senadores decidiram ontem aumentar seus próprios salários em 90,7%. Apesar do absurdo de quase dobrar os salários (considerando-se que o aumento do salário mínimo brasileiro no período não deve ter aumentado tanto), o que mais chama a atenção é o fato de que esses deputados são os mesmos que eram suspeitos de terem envolvimento com escândalos como o mensalão. O aumento não seria então uma espécie de mensalão autorizado por lei?
E outra: fica muito fácil aprovar aumento de salário quando cabe aos próprios interessados (deputados e senadores) decidir e votá-lo.
O objetivo era fazer com que o salário dos parlamentares se aproximasse dos rendimentos dos ministros do STF. O valor agora é de R$24,5 mil (quase o dobro dos R$12,8 mil de antes).
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sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
O Pêndulo de Foucault
Conspirações, planos mirabolantes, sociedades secretas e muita história.
Grande parte dos acontecimentos de “O Pêndulo de Foucault”, de Umberto Eco, dão-se a partir do que acontece no dia-a-dia de duas editoras, pertencentes a um mesmo dono, a Garamond – para livros científicos, mais sérios, e a Manuzio – que mantém uma fachada de renome, mas que no fundo se dedica a publicar autores a expensas próprias (aqueles que pagam pela própria publicação). O fato principal do livro decorre de uma iniciativa conjunta das duas editoras de publicar obras sobre ocultismo. A Garamond publicaria obras sérias sobre o tema, ao passo que à Manuzio seriam encaminhadas as obras de menor qualidade. Cabe a três funcionários da Garamond auxiliar na triagem dos manuscritos – Causabon, Belbo e Diotallevi. Enquanto lêem as histórias, que basicamente tratam das mais absurdas ligações entre eventos históricos e fatos obscuros, eles decidem criar uma própria teoria conspiratória, a qual chamam de “O Plano”. O problema é que a conspiração é tão bem feita que outros (e até eles próprios) passarão a acreditar nela.
O livro é interessante, e consegue prender o leitor do início ao fim. Mas bem que dava para o autor condensar as mais de seiscentas páginas em umas quatrocentas (confesso que teve trechos que tive vontade de saltar – mas não saltei, resisti bravamente), e as duzentas páginas seguintes poderiam ser ocupadas com a continuação da história (porque ela acaba num ponto bem interessante...).
Em relação ao restante da obra de Umberto Eco, mantenho O nome da rosa no topo da lista de ficção (acompanhado de Seis Passeios pelos bosques da ficção no topo da lista de, ahm, não-ficção – embora seja uma obra que trate especificamente sobre ficção :P).
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Leituras de férias 2
Preciso fazer minha lista de até 5 livros da biblioteca da faculdade para pegar para ler nas férias. Ano passado retirei 4 livros, sobre estética, literatura e lingüística. Este ano pretendo ficar mais para o lado da cibercultura, crítica à mídia e jornalismo. Alguma sugestão?
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Papai Noel é mau exemplo
A dica é do blog da Sagá:
Matéria do UOL Tablóide intitulada "Papai Noel é mau exemplo ao combate à obesidade, dizem especialistas". Até aí tudo bem. É meio absurdo um especialista afirmar uma coisa dessas, mas vá lá. O destaque fica por conta do último parágrafo da notícia:
"O Editor do UOL Tablóide, cuja barriga também se integra na 'imagem arquetípica da obesidade abdominal', solidariza-se com o Bom Velhinho: ele também não é um bom exemplo no combate à obesidade. Aliás, o Editor do UOL Tablóide não é lá um bom exemplo de coisa nenhuma."
A legenda da foto (de um papai noel) também critica o editor do UOL Tablóide. Das duas uma: ou o próprio editor formatou a matéria (e, nesse caso, trata-se de uma divertida auto-crítica), ou um jornalista acaba de perder o emprego... :P
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quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Caminhoneiro feliz
Um caminhoneiro feliz – provavelmente dirigindo de olhos vendados e com fones de ouvido com música a toda altura – entrou ontem na rua em que moro e destruiu toda a fiação aérea da quadra. E fez mais: o impacto do caminhão puxando a fiação foi tão forte que foi capaz de arrancar um poste, derrubar o portão de ferro de um edifício, e fazer tombar o muro de uma casa. Ao chegar na esquina, o cara dobrou e seguiu em frente, sem perceber o tamanho do estrago que tinha deixado para trás (ou talvez tenha percebido, mas de qualquer modo ele fugiu sem voltar para ver o que tinha feito).
Eu até tiraria uma foto com a câmera do meu incrível celular de última geração – se eu tivesse um.
O resultado foi uma tarde inteira de rua interrompida para o pessoal da TV a cabo, da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), da Brasil Telecom e os pedreiros reconstruírem tudo o que o ceguinho fez. Hoje ainda tem um pessoal reconstruindo o poste derrubado, e os pedreiros seguem trabalhando para reerguer o muro e recolocar o portão.
Mesmo que certas pessoas tenham dito que faltasse ao fato valor jornalístico, o assunto foi capa de um jornal da cidade. “Susto na Anchieta” é a chamada de capa, acompanhada de uma foto do portão de ferro e do poste caídos. A matéria diz que o pessoal ficou sem luz, sem TV a cabo, sem Internet e sem telefone praticamente o dia inteiro. Deve ter sido tudo lá do outro lado da quadra, porque do meu lado (e é a mesma quadra, na mesma rua), não me faltou telefone, luz ou Internet o dia inteiro. Já quanto a TV a cabo... é o mesmo caso do telefone celular de última geração :P
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Google AdSense
Hoje chegou o meu primeiro pagamento do Google AdSense. Fora o fato de ter levado quase 4 anos para acumular míseros 100 dólares, ainda precisarei encarar uma maratona para descobrir um lugar que troque cheques em dólar. Alguma dica?
E antes que alguém pergunte onde estão os anúncios... eles estão localizados em todas as páginas atualizadas desde 2004 do site de Gilmore Girls. Os rendimentos provavelmente seriam bem maiores se eu mantivesse o site atualizado.
O cheque veio dentro de um envelope, que veio dentro de um envelope, que veio dentro de um envelope. Segurança tripla. O tamanho do envelope externo era 100 vezes maior que o tamanho do cheque, o que me fez pensar “que diabos é isso???” enquanto eu assinava a ordem de recebimento do carinha que se apresentou como representante da UPS, embora todos os envelopes sejam de outros serviços de entrega.
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terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Fatos da vida
Dia desses, passeando com a yorkshire da minha irmã, alguém me pára e, apontando para a cã, pergunta:
- Que bonitinha, qual é o nome?
- Gaby.
- Legal. Também me chamo Gabi.
- E eu também sou Gabi.
A menina me olhou de um jeito estranho, com um ar de dúvida, e seguiu em frente, sem entender nada.
Perdi a chance de parecer normal (o que me leva a crer que sou realmente estúpida).
--
Hoje recebi as primeiras parcelas da bolsa de estágio. O valor é irrisório, recebemos os pagamentos referentes aos meses de novembro e dezembro juntos (e mesmo assim é muito pouco), a próxima parcela vem só em março (não tem pagamento nas férias)... mas, mesmo assim, não deixa de ter valor histórico, pois é a minha primeira remuneração da vida :D Yay. Natal com mais livros? \o/
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
Door
Animação meio kafkaniana na qual um rapaz faz de tudo para tentar passar por uma porta. A animação é em flash, e sem áudio. O homem tenta tudo o que pode fazer para abrir e entrar por uma porta, mas muitos obstáculos surgem em seu caminho. Até a própria porta o impede de passar para o outro lado.
-- A porta seria uma metáfora para os empecilhos que aparecem em nossas vidas?
Encontrado via StumbleUpon
(Clique na imagem para abrir)
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Leituras de férias
Tenho a estranha (não sei até que ponto isso é estranho...) mania de ler vários livros ao mesmo tempo. Não consigo me concentrar em uma única história – preciso ter diante de mim uma multiplicidade de opções, de modo que, se me entedio com alguma, posso continuar lendo outra e, ao me cansar desta, posso voltar para a anterior, ou então prosseguir a leitura de uma terceira obra já previamente iniciada – ou começar a ler outra história completamente diferente. Nessa bagunça, às vezes chego a ler concomitantemente mais de um livro de literatura (e não, por exemplo, um livro técnico junto a um livro de literatura, o que não geraria tanta confusão), o que às vezes cria uma dificuldade para determinar, por exemplo, em que lugar se passa cada história, ou quem são os personagens principais. Nessa sistemática, eu acabo demorando mais tempo para terminar de ler os livros. Mas, eventualmente, termino.
Por enquanto, nessas “férias”, só li até o fim dois livros (Cidades Invisíveis e Visconde Partido ao Meio, ambos do Calvino). Mas já comecei a leitura de pelo menos outros cinco (incluindo um que comprei pela Internet e ainda não chegou – mas que trazia a opção de ler o primeiro capítulo online).
Semana que vem vou para Bagé. Lá não me restará outra opção do que fazer senão ler o dia inteiro. Então é melhor mesmo que eu não termine mais nenhum livro esta semana :P
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As Cidades Invisíveis
As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino, é uma obra composta de cinqüenta e cinco breves descrições de cidades, intercaladas com diálogos entre o veneziano Marco Polo e o imperador oriental Kublai Khan. As cidades são descritas por Marco Polo, a partir de suas andanças pelo império de Kahn. Mas Polo não descreve as cidades fisicamente, como seria de se esperar, mas sim de uma forma metafórica, explorando aspectos como as cidades e os símbolos, as cidades e o desejo, e as cidades e a memória – enfim, Calvino humaniza as cidades (e isso fica ainda mais explícito quando se percebe que os nomes das cidades são, na verdade, nomes de mulheres).
Kublai Khan, apesar de ser imperador, não conhece grande parte de seu reino, e por isso se interessa pelos relatos de Marco Polo sobre as cidades por ele visitadas. Nos diálogos que abrem e fecham os “capítulos” (na verdade, blocos de cinco a dez cidades, aparentemente reunidas ao acaso, sem que haja algum elo ligador entre elas), Polo e Khan discutem sobre assuntos os mais diversos, como a condição humana ou lingüística, num duelo intelectual interessante, mas que não chega a ser o ponto alto do livro. O principal mesmo são as descrições das cidades, todas elas feitas na forma de narrativas breves, em tom poético, com aspectos que nos fazem lembrar de cidades que conhecemos, ou que então nos fazem parar para refletir como seria se um lugar tal qual o descrito na obra realmente existisse. Embora as cidades pareçam à primeira vista sistematizadas em uma determinada ordem e agrupadas por estilo, não é preciso percorrer o livro em uma ordem predeterminada. Cada breve narrativa (de cerca de três páginas) encerra em si própria toda a descrição necessária, de modo que se torna possível ler as descrições em uma outra ordem, e faz com que a obra se aproxime de noções como o hipertexto (numa noção beeem ampla, por conta da não-linearidade da leitura, no sentido de que o caminho de leitura pode ser criado e percorrido de uma forma diferente por diferentes leitores – embora na prática, para que fosse hipertexto de verdade, talvez fosse preciso haver remissões internas a outras partes do texto – tipo uma cidade indicar a outra) ou obra aberta (o leitor/intérprete participa e preenche os espaços).
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domingo, 10 de dezembro de 2006
McDonald’s VideoGame
O jogo McDonald’s VideoGame é, como o próprio nome sugere, e a primeira tela do jogo afirma, uma “paródia digital” da rede de fast food originalmente norte-americana (mas hoje globalizada) McDonald’s. O objetivo do jogo é aumentar o índice de vendas dos produtos do McDonalds, provocando um crescimento nos ativos da empresa, mesmo que para isso se tenha que recorrer a meios ilícitos de aumento de produtividade.
A animação, em flash, é fácil de jogar. A graça reside nas opções que estão disponíveis ao usuário no decorrer do jogo.
A tela do jogo é dividida em quatro cenários. No primeiro deles, há uma área verde onde é preciso plantar soja – que servirá de alimento para as vacas – e criar vacas. Obviamente, essa plantação é feita em países de terceiro mundo (porque lá a mão de obra é mais barata).
Já na primeira tela há opções felizes, como destruir áreas de floresta tropical para plantar soja no lugar, superlotar espaços de terra com um número excessivo de vacas, ou subornar o prefeito da cidade para poder usar terras mais produtivas. Outra opção é plantar soja geneticamente modificada – ela crescerá mais rápido, mas as conseqüências na população poderão ser negativas. Mas tudo bem, mais adiante tem-se a opção de subornar nutricionistas e agentes de saúde.
Na segunda tela, há o curral. Para ele são transportadas as vacas que já cresceram o suficiente lá nas terras do país de terceiro mundo. Á medida que a soja vai sendo colhida, ela vai enchendo o alimentador mecânico das vacas. Há duas opções extra: injetar hormônios nas vacas (assim, elas crescerão mais rápido) e utilizar os restos que sobram das vacas para produzir farinha para alimentar outras vacas. Essas duas opções trazem como conseqüência o surgimento de vacas doentes (que precisarão ser eliminadas, caso contrário poderão provocar doenças nos consumidores do McDonald’s, e isso poderá resultar numa imagem negativa da cadeia de lanches rápidos), ou então a disseminação da doença da vaca louca. A recomendação, para o caso de vaca louca, é reduzir as taxas de hormônios misturada ao alimento das vacas.
Das vacas, faz-se o hambúrguer. A terceira tela do jogo representa um restaurante da cadeia do McDonald’s. Tem-se tanto que contratar funcionários para produzir os hambúrgueres quanto contratar pessoal para atender os clientes no caixa. As opções nessa tela dizem respeito aos funcionários. Dá para “disciplinar” funcionários que trabalham em ritmo menos acelerado, distinguir com o prêmio de funcionário do mês aqueles que são dedicados, ou então demiti-los e substitui-los por mão-de-obra mais barata. É tudo uma questão de produzir mais, da melhor forma. Os recursos humanos praticamente não importam.
Por fim, a tela final é a mais divertida de todas. Nela, há três salas de controle da empresa. Na frente, há o escritório de relações públicas. Uma das atribuições desse grupo simpático de pessoas é subornar políticos, nutricionistas e agentes de saúde. Isso é importante para quando as pessoas começam a se sentir mal após comer carne estragada nos restaurantes do McDonald’s. Na sala da esquerda, há o pessoal da publicidade. Eles são lunáticos que passam o tempo todo bolando estratégias para atrair clientes para a empresa. Um exemplo de campanha é a “McDonald’s for the third world”. A descrição diz que “se nós investimos uma soma ridícula de dinheiro em pessoas do terceiro mundo, nós podemos ganhar a compaixão da classe média e diminuir o movimento antiglobalização. Os anúncios mostrarão negros com olhar triste e Ronald McDonald combatendo a pobreza, representado como um monstro de outro planeta”. Por fim, na sala da direita, há o quadro de diretores da empresa. Nela é possível ver gráficos sobre os rendimentos da empresa, e também uma tabela que mostra o grau de satisfação com o McDonald’s de grupos como o movimento anti-globalização, a associação de consumidores e a associação de obesidade.
Enfim, um jogo completo para experienciar o mundo dos negócios capitalistas :P
Encontrado via StumbleUpon.
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sábado, 9 de dezembro de 2006
Mídia sensacionalista
É incrível o quanto a mídia gosta de exagerar a proporção dos fatos. Até agora, todas as notícias que li sobre o assalto ao carro da ministra presidente do Supremo Tribunal Federal ressaltavam o fato incrível de que até mesmo a ocupante do quarto cargo mais importante do país (considerando-se a linha de sucessão presidencial) possa ser vítima da violência. Ora, não somos nós todos suscetíveis à ação da violência? E por que com uma ministra seria diferente? Ela acaso gozaria, além das inúmeras imunidades decorrentes do cargo, de alguma espécie de presunção absoluta de inviolabilidade da segurança pessoal? Ou pior: o carro dela teria superpoderes ou seria imune à ação de bandidos? No caso, havia reforço na segurança. Mas, no Rio de Janeiro, isso não basta. Qualquer pessoa pode ser vítima do crime organizado. Até mesmo os ministros (os quais, ao que consta, também são pessoas)...
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Direito-dever de agir
Tem vezes que a gente pensa que seria bom se existisse uma espécie de máquina do tempo que nos permitisse voltar atrás para mudar tudo o que está dando errado no presente. Assim, poderíamos voltar no tempo para desfazer escolhas erradas, mudar nossas atitudes, e até mesmo atuar em benefício da sociedade, batalhando para “despromulgar” leis que não deram certo ou para modificar a escolha dos nossos governantes.
Mas, como ainda não há uma máquina dessas, parece que as pessoas simplesmente se acomodam e aceitam a realidade tal qual ela se apresenta diante de nós. Está tudo dando errado, mas, mesmo assim, as pessoas simplesmente cruzam os braços e aceitam, resignadas. Mal elas percebem que, se algo está dando errado, também é culpa delas. É culpa de todo mundo!
Quando algo não está indo bem, o que o brasileiro geralmente faz é cruzar os braços e esperar. Esperar sabe-se lá o quê: que tudo se resolva com a próxima Lua, com o próximo governante, com o próximo aumento, com a próxima taxa de juros. O indivíduo egoísta declara que não é problema seu e espera que os outros atuem. Mas, ao fazer isso, está contribuindo para que a dificuldade se agrave.
É preciso criar no Brasil uma cultura de ação. Há vários instrumentos postos à disposição pela legislação brasileira para que a sociedade organizada atue. Uma pessoa agindo sozinha talvez não consiga atingir resultados satisfatórios. Mas, se atuar em conjunto, pode até mesmo mudar o mundo.
A Constituição Federal, em seu artigo 5°, inciso XVII, assegura o direito de livre associação. As pessoas são livres para se associarem em busca de um objetivo comum, desde que esse objetivo seja lícito. Dentro do rol de instrumentos políticos de atuação, há ainda a ação popular, prevista no art. 5° da Constituição e que permite ao cidadão propor ações judiciais, isentas de qualquer tipo de ônus, sempre que houver ato lesivo à Administração Pública, e a iniciativa popular, que permite que um grupo de cidadãos consiga até mesmo iniciar projetos de lei, nas esferas municipal, estadual e federal.
Não adianta achar que não vai dar certo, ou que será impossível conseguir fazer alguma coisa. Pior é ficar parado e esperar que os outros promovam as mudanças. Para quase tudo na vida há como se encontrar uma solução, basta procurar. Se cada um agisse, fizesse uma parte, com certeza todos estariam contribuindo para a construção de um mundo melhor.
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Meme
Meme descaradamente copiado do blog da Alessa.
Eu sou: estúpida (seguindo a linha do post anterior :P)
Eu estou: em férias
Eu sei: que essa situação é transitória (mas)
Eu quero: a volta às aulas! (detesto não ter o que fazer! -- se bem que basta chegarem os livros que comprei para ler nas férias para eu mudar totalmente de idéia)
* migrei para o blogger beta... espero não me arrepender da mudança
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quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
Cretinos, imbecis, estúpidos e loucos
Diálogo entre Belbo e Causabon no livro “O Pêndulo de Foucault”:
“No mundo existem os cretinos, os imbecis, os estúpidos e os loucos.”
“Sobra alguém?”
“Sim, nós dois, por exemplo. Ou pelo menos, sem querer ofender, eu. Mas em suma, todos, a bem dizer, participam de uma destas categorias. Cada um de nós vez por outra é cretino, imbecil, estúpido ou maluco. Digamos que a pessoa normal é aquela que mistura em proporções racionais todos esses componentes, estes tipos ideais.”
(Umberto Eco, 1989, p. 66).
Pelas descrições do livro, se não for possível ser normal, prefiro ser estúpida :P O estúpido pelo menos acha que está fazendo a coisa certa (e algumas pessoas poderão até mesmo acreditar que assim o seja). As outras três categorias são compostas por indivíduos totalmente alienados.
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quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Nano Novel
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
A mídia como violadora dos direitos humanos
Uma discussão recorrente nessas três primeiras semanas de Edhuca (Escola de Direitos Humanos e Cidadania, projeto de extensão da faculdade de Direito da UFPel) diz respeito ao quanto a mídia contribui para o desrespeito aos direitos humanos. Fora as críticas que já eram de se esperar, como o fato de que a mídia não se preocupa tanto com assuntos ligados a pequenas violações de direitos humanos, mas quando a violação é grande, ela transforma em espetáculo midiático (exagerando as proporções do fato), havia também um tipo de crítica diferente. Em mais de uma oportunidade, a mídia foi acusada de ela mesma também violar os direitos humanos. E de formas bastante sutis. Como exemplo, quando um jornal coloca em uma manchete, ou até mesmo no texto de uma pequena nota da página policial, que “um pivete atacou uma criança”, a mídia está, ela própria, cometendo uma violação de direitos humanos. Ora, quem é o pivete e quem é a criança? O “pivete” não é ele mesmo uma criança? Outro caso, bem mais freqüente, ocorrequando algum jornal menciona algo como “extremistas muçulmanos jogam bomba no prédio X” – mas quando o violador é, digamos, Bush, atacando países islâmicos, ninguém diz “cristão enfurecido manda jogarem bomba no Iraque”. Assim, até mesmo pela má escolha de palavras um jornalista pode se transformar em um violador dos direitos humanos, e contribuir para perpetuar as graves discriminações que determinadas parcelas da sociedade recebem, visto que a mídia, com seu alto grau de penetração nos lares, é capaz de influenciar a opinião das pessoas. Talvez os cursos de Jornalismo estivessem precisando buscar uma maneira de incutir em seus alunos algumas noções de direitos humanos...
Em tempo: até no curso de Direito a disciplina de direitos humanos não é obrigatória :/
domingo, 3 de dezembro de 2006
Diálogo entre Socrates e Jesus
O que aconteceria se Socrates (o grande filósofo grego da antigüidade) se encontrasse com Jesus (o precursor do cristianismo) para bater um papo sobre religião? Um possível resultado pode ser acompanhado no texto “Socrates Meets Jesus” (encontrado via Stumble Upon). Um trecho:
“Socrates - And who for gracious sakes is the devil? Surely he must be a god to be able to visit such powerful calamities on mankind: Yet you have just said there is only one God. Also you have said that all that exists comes from God: And now you say that only good comes from God and all evil comes from someone called the devil. These would seem to be contradictions. I am afraid that your religion is far too complex for this old head to fathom. Yet I will be an eager student and try hard to understand, if you will but help me. Please explain: who is the devil and how can all things come from God and yet not come from God?
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Nano Novel em pdf
Depois de passar 3 dias praticamente fora da blogosfera, consegui terminar a tarefa (árdua) de reler minha Nano Novel. Fiz algumas pequenas alterações, mudei a ordem de alguns (poucos) capítulos, mas deixei o texto mais ou menos do modo como foi escrito ao longo do mês de novembro. A ordem dos “capítulos”, por exemplo, obedece a ordem em que eles foram escritos (foram 4 semanas de trabalho, logo, o livro é dividido em 4 partes). Por vezes, a história é repetitiva – muitas vezes eu esquecia que já tinha falado sobre um determinado aspecto, e repetia tudo novamente. Mas, como primeira experiência, acho que foi válida. Aguardarei feedback (espero que alguém leia, pelo menos a primeira folha :P).
Ah, o espaçamento 1,5 entre linhas e a quebra de página entre os capítulos são estratégias descaradamente adotadas para aumentar o número de páginas :P Mas acho que também podem contribuir para facilitar a leitura :)
No site do NaNoWriMo tem dicas de outros sites que ajudam a aprimorar a Nano Novel. Há desde dicas de sites nos moldes do NaNoWriMo para aqueles que não conseguiram finalizar a novela a tempo (e, para isso, terão o mês de dezembro para terminá-la), a sites para escrever outra novela durante o mês de janeiro (haja fôlego!), ou outro para aqueles que se dispõem a passar o ano todo preparando o texto escrito em novembro deste para publicação até novembro do próximo ano. Tem até a dica de uma editora/gráfica on demmand dos EUA que dará uma cópia impressa grátis para cada um dos vencedores do NaNoWriMo – mas, infelizmente, eles só entregam nos EUA :T
Enfim, chega de enrolação... eis o .pdf da minha história:
A Máquina do Tempo - .pdf – 1,06Mb (141 páginas)
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