quarta-feira, 28 de junho de 2006

  Declaração Universal dos Direitos do Estudante

Preâmbulo

          Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os estudantes e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da aprendizagem, do conhecimento e da inteligência,
          Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos estudantis resultam em aberrações educacionais e levam este país a índices alarmantes em rankings de ensino,
          Considerando essencial que os direitos dos estudantes sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o aprendiz não seja compelido, como último recurso, à matação de aula injustificada e à cola nas provas ,
          Considerando que a qualidade do ensino neste país é insuficiente para que se atinjam os níveis mínimos adequados para a convivência harmônica entre os cidadãos de bem,
          Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
          Considerando que eu não agüento mais ler sobre a Declaração Universal dos Diretos do Homem para fazer meu trabalho de Direitos Humanos e que estou de mal com o mundo pelo fato de que me esforcei para chegar na faculdade hoje antes das 8h para simplesmente chegar lá e decobrir que o professor, mesmo estando presente, não iria dar aula,

          Este blog proclama

          A presente Declaração Universal dos Diretos do Estudante como o ideal comum a ser atingido por todos aprendizes e educadores, com o objetivo de que cada estudante, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do diálogo e da conversação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas, se esforce em assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os que aprendem quanto entre aqueles que ensinam.


Artigo I

Todos terão direito ao conhecimento

Artigo II

Não haverá mais provas. Não haverá mais trabalhos. Abolir-se-ão as notas a partir desta data.

Artigo III

Todos serão avaliados conforme o modo como encaram os estudos.

Artigo IV

O aprendizado se dará mediante trocas comunicativas igualitárias entre os sujeitos educativos.

Artigo V

Não haverá disputas por vagas. Não haverá concorrência por nota.

Artigo VI

O acesso a todas as instâncias de ensino será livre para aqueles que desejam aprender.

Artigo VII

Não se poderão impor condições à aquisição de conhecimento.

Artigo VIII

A aquisição de conhecimento será uma conseqüência natural do ato de aprendizagem.

Artigo IX

Todo aprendiz tem direito ao repouso e lazer semanal, em igual proporção ao tempo de aprendizagem.

Artigo X

Todo aprendiz tem direito a um ambiente de estudos harmônico e livre de hierarquias, no qual os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo XI

Todo estudante tem o direito de ser chamado pelo nome por aquele que lhe ensina.

Artigo XII

Ficam proibidas as aulas monótonas e entediantes no período compreendido entre 8h e 12h.

Artigo XIII

Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer instituto educacional, educador ou educando, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

Pelotas, 28 de junho de 2006

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terça-feira, 27 de junho de 2006

  O livro mágico

No início deste ano letivo peguei um livro na biblioteca da UCPel com a promessa de terminar de lê-lo tão logo fosse possível. Com tantas coisas para fazer, e como o livro não era lá altamente empolgante e divertido, levei um pouco mais de tempo para conseguir enfim finalizá-lo. Terminei a leitura neste sábado. (Pior que o assunto é tri interessante, não é culpa do livro!!) O livro é A Galáxia de Gutenberg, de Marshall McLuhan, e narra as transformações provocadas pela imprensa na sociedade antes oral e manuscrita (aliás, em algum outro momento até pretendo falar alguma coisa aqui no blog sobre o livro...).
Entretanto, a grande graça da questão não reside no conteúdo do livro em si, e sim no livro que peguei. A edição (2ª, em tradução da Companhia Editora Nacional) é de 1977, e foi adquirida pela biblioteca da faculdade em 1980. Naquele tempo, ainda não existia - obviamente - o sistema de catalogação de livros pelo computador, daí no final do livro tem aquelas velhas fichinhas do tipo "devolva este livro na última data carimbada". Mas o diferencial é que tem também a listagem das últimas (únicas?) pessoas que pegaram este livro. Na verdade, há apenas 3 entradas no registro. Alguém teria pego o livro em 1984, outra pessoa pegou em 1987, e uma terceira o retirou em 1989. E isso é tudo. (okay, talvez o livro não seja lá muito popular, eu confesso). Não contive a curiosidade e busquei no Google informações sobre os três indivíduos listados. E o mais legal de tudo é que pude ficar sabendo do futuro *brilhante* que todos os que pegaram este livro tiveram. Dos três indivíduos, um se tornou promotor público, outra é escritora, e o terceiro é professor, doutor em história. Basicamente, o que há de comum entre eles é que nenhum seguiu carreira na Comunicação Social ou no Jornalismo. Pelo menos dois deles também fizeram dois cursos universitários simultaneamente. E também nenhum deles se afastou da cidade. Todos, de certa forma, seguem vinculados a Pelotas. Considerando-se que todos que se interessaram por este livro devem ter um parafuso a menos - será este também o meu destino? (permanecer em Pelotas, não seguir a carreira jornalística, mas ter uma profissão interessante? :P).Ah! A última pessoa que pegou o livro tinha a obrigação de devolvê-lo no dia 29/06/1989. Eu teria que devolver o livro nesta mesma data (mas em 2006, dã :P), se não houvesse renovado (pela 7182781ª vez) o livro hoje mais cedo. Mera coincidência? (by the way, não querendo fazer analogias felizes e inoportunas, mas já fazendo,... Mera Coincidência é o nome de um filme que baixei da Internet para assistir no computador assim que me sobrar uma folguinha... parece ser interessante).

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segunda-feira, 26 de junho de 2006

  Brasil X Gana

Será que o Brasil vai ter gana suficiente para passar das 8as de final? :P

Em tempo: ando meio afastada da blogosfera por conta de um *feliz* trabalho de Direitos Humanos (preciso escrever 30 páginas para quarta-feira...). Tô que respiro convenções e tratados há 3 dias, e não dou jeito de terminar... Mas depois que o trabalho for finalizado estarei de volta ao mundo dos blogs, 100% mais humanizada, e a todo vapor :)




sábado, 24 de junho de 2006

  Átomo

Curiosa a idéia desse cara. Ele tentou fazer uma representação visual mais ou menos em tamanho real de como seria a distância espacial entre um próton e um elétron no interior de um átomo (no caso, o exemplo representado é de um átomo de hidrogênio). Considerando-se um elétron de 1 pixel, a distância entre o elétron e o próton na tela do monitor fica em torno de 11 milhas (o que corresponde a mais de 17 quilômetros de página em rolagem lateral!). Quem tiver dúvidas quanto ao real tamanho da página pode achar interessante dar uma olhadinha no page source :)

Momento flashback - nas aulas de química da 8ª série meu professor ensinava que a distância entre os elétrons e os prótons no interior de um átomo era mais ou menos na mesma proporção de uma bolinha de gude perdida no meio de um campo de futebol... Com esse esquema da web, dá para perceber que a analogia feita pelo professor não era tão absurda assim...

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  Percepção do tempo

Para encerrar essa verdadeira trilogia sobre o tempo (máquina do tempo, falta de tempo, retorno ao passado na Internet), só faltava mesmo era falar sobre a percepção do tempo. Por que quanto mais o tempo passa, mais rápido parece que as coisas acontecem? Quando éramos crianças, o tempo parecia simplesmente não passar. Tudo era novo, toda experiência era única. A gente começa a crescer e as coisas parecem perder o brilho. A vida acelera, ficamos constantemente submetidos a pressões externas, e metade do que planejamos sequer se realiza - por falta de tempo, obviamente.

Tempo de espera X tempo do acontecimento

O tempo (ou, mais especificamente, o modo como o percebemos) nos prega várias peças. Quando esperamos muito por algo, o tempo parece não passar. Mas depois que acontece, parece então que tudo foi rápido demais e mal se teve tempo de aproveitar (e esse sentimento toma conta da gente principalmente quando se perde muito tempo planejando e pensando no que fazer; muitas vezes, o tempo de planejamento é capaz de superar o tempo de realização do acontecimento!).

Motivação X disponibilidade de tempo - como chegar a um equilíbrio?

Outro fator complicante nessa história é que geralmente a motivação para fazer algo é inversamente proporcional à disponibilidade de tempo para desempenhar tal tarefa. Nunca sei se tenho tempo suficiente para fazer alguma coisa até terminá-la (ou perceber, dias, meses, anos depois -- ou nem perceber -- que sequer se teve tempo para finalizá-la). Por que quando a gente quer realmente agir, falta-nos tempo, e quando nada queremos, tempo de sobra nos resta? Não seria mais fácil se se fosse possível atingir uma espécie de equilíbrio padrão, que se perpetuasse no tempo?

Tempo ao longo do tempo

O que mais irrita nisso tudo é o fato de que, embora percebamos o tempo de formas diferentes ao longo da história, ao menos em termos físicos, ele é sempre o mesmo. Um minuto terá sempre 60 segundos, tenhamos nós 5 anos de idade ou estejamos comemorando 70 anos. Por que, então, percebemos de forma diferente essa mesma quantidade de tempo ao longo do tempo? Por que 5 minutos para quem espera parecem uma eternidade, ao passo que os mesmos 5 minutos gastos em diversão parecem passar tão rápido?




quinta-feira, 22 de junho de 2006

  Viagem no tempo via Internet

(Ainda sobre máquinas do tempo...)

Dias desses, stumbleando por aí, encontrei um artigo da Mindjack de Doug Roberts sobre o Internet Archive. O Internet Archive é um projeto que tem a pequena e básica pretensão de arquivar todo o conteúdo da Internet. O site ainda tem um visual meio sem graça, pouco convidativo. Mas basta uma olhada atenta em seus recursos para não sentir mais vontade de sair de lá! Fiquei horas revivendo momentos do passado na Wayback Machine, um recurso que permite fazer uma verdadeira viagem no tempo e acessar as páginas da Internet como elas eram há 3, 5, 10 anos trás! (o sistema retroage até 1996). Encontrei muitas das minhas “marcas” na web que pensei que já nem existiam mais (ao final do post há uma lista com os links mais interessantes que consegui localizar – egocentrismo básico: todos referentes ao meu passado na web). Nessa viagem ao passado, percebi o quanto (não) evoluí na elaboração de páginas na web [na verdade, percebi o quanto simplesmente parei no tempo – embora tenha havido algum avanço, meus layouts (se é que podem ser chamados assim – os layouts que me perdoem!) seguem sendo basic html]. A proposta da máquina do tempo é justamente essa: poder voltar atrás e perceber o quanto a web evoluiu (ou simplesmente mudou, talvez nem sempre para melhor) em termos de design, conteúdo e tamanho.
Para armazenar as páginas, o site utiliza-se de crawlers, espécie de “robôs” que varrem a Internet em busca dos sites para poder armazená-los. O Google se utiliza de um desses sistemas para armazenar e catalogar as páginas da Internet (tente clicar em “Cache” no resultado de alguma busca e será possível ver a data da última versão salva de uma determinada página :P). O robô oficial do Internet Archive é Heritrix, mas o site também se utiliza de bancos de dados fornecidos por outros sites (e outros robôs). Com tantos dados disponíveis, o local de armazenamento do site só podia ser realmente gigantesco.

Meu passado na web:
A primeira coisa que tentei procurar na máquina do tempo foi o meu primeiro blog... mas não encontrei :/ Na verdade, eu nem lembro o endereço dele! Só lembro que eu assinava como “pipoca e guaraná” (?!) e que a hospedagem provavelmente era no weblogger. Enfim, não encontrei o blog, mas encontrei muita bizarra:
Minha primeira página na Internet, em versão de 21 de agosto de 2000 (a página foi criada em 09/09/1999, e segue no ar neste endereço). E outra versão de 17 de abril de 2001.
– O primeiro visual (06/03/2001) que teve meu (ex-)site sobre a série Friends, e outra versão de um ano depois (26/09/2002). E também uma versão de 02/03/2001 de outro site de Friends que fiz (por que cargas d’água eu mantinha dois sites de Frends na Internet??)
– A evolução do layout da página de Gilmore Girls: 23/02/2001, 22/07/2002, hoje (leve retrocesso: o visual é o igual a este blog :P).
– O blog que tive imediatamente anterior a este (não lembro o endereço dos outros para procurar... :/) em versões de 20/05/2004 e 26/09/2004).
– A talvez página mais bizarra que já fiz na web, em versão de 18/08/2000.
– E também encontrei algumas das minhas colunas no Séries Online – eu realmente escrevia muito mal naquele tempo! Eu falavra sobre Gilmore Girls, Maybe It’s Me, e acho que também cheguei a falar um pouco sobre Ed, mas não encontrei nenhum texto dessa época.
– Por fim, esta última página não foi encontrada na máquina do tempo (a menos que se considere a busca do Yahoo! como uma espécie de máquina do tempo :P). Mas vale a pena ser mencionada: é um link para uma opinião que dei há 5 anos atrás sobre o celular que eu tinha na época. É hilário perceber o quanto a tecnologia muda rápido!




segunda-feira, 19 de junho de 2006

  Sem tempo

Estou meio sem tempo para postar. Mas só para não deixar passar batido: meu post de blog em versão jornalística :) Até que esse trabalho de Marketing Político rendeu alguma coisa... (também, já era hora... uma quase-50%-jornalista que nunca tinha publicado nada não teria como ser levada a sério :P -- de que adianta aprender se não for para praticar?).
Em tempo: amanhã tenho 3 provas na faculdade. Torçam para eu escapar ilesa dessa tortura intelectual!
A programação deste blog deverá voltar ao normal na quinta-feira :)




domingo, 18 de junho de 2006

  Filme: Garfield 2

O filme. Garfield e Odie viajam para Londres escondidos na bagagem de Jon. Lá, Garfield é confundido com um gato da família real, e troca de lugar com ele. O gato rico passa a ter a vida monótona do gato pobre, e Garfield passa a desfrutar de todas as regalias de um gato real. Jon Arbuckle é interpretado por Breckin Meyer, e Liz Wilson, sua namorada, é Jennifer Love Hewitt. A voz de Garfield, em inglês, é feita por Bill Murray, e em português ele é dublado por Antonio Calloni. O filme tem duração de 80 minutos e a direção é de Tim Hill.

A crítica. Há duas óticas possíveis para se observar o filme Garfield 2. Uma delas é levá-lo a sério. A outra é encará-lo como uma mera diversão sem sentido.

a) Considerando-se Garfield 2 como um filme sério:
É decididamente um filme idiota. Se for para encará-lo assim, não assista!

b) Considerando-se como um filme idiota:
É um dos melhores do gênero. Tem todos os requisitos para quem quer se divertir com uma comédia nada inteligente protagonizada por um gato 500 vezes mais sem graça que a versão correspondente em tirinha. Em praticamente todas as piadas do filme é possível rir, não pela graça da coisa dita em si, mas por solidariedade aos bichinhos. Até a própria trama do filme é algo que faz você pensar “poxa, eu já vi algo parecido em algum outro lugar” (e já viu mesmo – o enredo basicamente envolve a troca de vidas entre dois gatos, Garfield, representando o gato doméstico e “pobre”, e Prince, um gato de origem real e “rico” – não consigo me lembrar em qual livro há isso, mas... quer enredo mais batido que esse? :P).
Um dos aspectos menos interessantes do filme é a ruptura que ele faz com o contrato de ficção (não sabe o que é isto? leia Seis Passeios pelos Bosques da Ficção de Umberto Eco). Tudo bem o Garfield falar, a gente aceita isso (pois, embora ele fale, sabemos que os humanos são incapazes de compreendê-lo). O problema é que nesse filme até pato, vaca, cachorro e papagaio falam*! E os bichinhos ainda se entendem entre si! Aí já é extrapolar os limites da ficção aceitável... Aí já é cair na síndrome “A Marcha dos Pingüins” (ou pior: Babe – o Porquinho Atrapalhado)!
Fora isso, o filme é uma excelente distração de final de semana (apesar de tudo, é Garfield!) :). Destaque para o cãozinho Odie que não só consegue perceber a troca de gatos, como também age para que o engano seja percebido pelos humanos. Além disso, ele parece ser o único animalzinho com consciência de ser animalzinho: o Odie, diferentemente de gatos, papagaios, patos, cabras, galinhas, fuinhas, vacas e araras do filme, não fala!

Outro ponto negativo: há apenas cópias dubladas. Blergh.

* P.S.: Não tenho nada contra animaizinhos antropomorfizados. O problema é quando exageram nas características humanas conferidas aos animais!

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sábado, 17 de junho de 2006

  A novela dos vírus no Orkut

Depois de muitos vírus rolarem soltos por um tempo razoável pelo Orkut, e de várias pessoas terem seus computadores infectados, agora o sistema emite um aviso de segurança no topo da página de scrapbook:

Warning: Please be careful when clicking on unfamiliar links in scraps or other parts of this site that navigate away from orkut.com.

E o mais legal de tudo: as mensagens com vírus agora aparecem assim (nem todas, aparentemente -- vide imagem no canto inferior esquerdo deste post):

Dá uma olhada nas fotos da nossa festa, ficaram ótimas. [SUSPICIOUS LINK SUPPRESSED]

Depois reclamam que o Orkut é malévolo e que só quer o mal das pessoas... Po! Tem até uma corrente circulando pela Internet propondo que no dia 5 de julho ninguém acesse o site para protestar contra os vírus que circula(va)m pelos scraps (como se o sistema tivesse culpa do uso que as pessoas mal-intencionadas fazem dele!)...

Nós temos o direito de exigir do google algum benefício para seus membros, visto que temos que "engolir" cada sapo que acontece no orkut e eles não estão nem aí pra gente.
PROTESTE!!!
PARALIZAÇÃO DIA 05/07/2006 não entre no orkut este dia
O GOOGLE PRECISA DEFENDER SEUS MEMBROS DESSA ONDA DE VÍRUS QUE ESTÁ DANIFICANDO MILHARES DE COMPUTADORES.
NÃO ENTRE NO ORKUT DIA 05/07/2006. NÃO MANDE MENSAGENS. O GOOGLE PRECISA TOMAR UMA PROVIDÊNCIA E DEFENDER SEUS USUÁRIOS URGENTE.
PASSE PARA OS AMIGOS DA SUA LISTA. DÊ CONTINUIDADE A ESSE PROCESSO. PARTICIPE....É PARA O NOSSO BEM...

Como toda corrente que circula por e-mail, essa tem lá seus argumentos, e se encerra pedindo para ser passada adiante. Mas o que nos concede o direito de exigir do Google algum benefício? Só porque voluntariamente engolimos sapos não significa que temos o direito de exigir benefícios. Se o Orkut fosse pago, ainda vá. Mas de graça? :P Estão querendo demais esses clicadores compulsivos de links!!
E, bem, esse protesto me parece meio sem sentido. Por que deixar de entrar no Orkut durante um dia? O Orkut nem anúncios tem. O número de acessos não faz muita diferença – ou melhor, com menos acessos, o sistema fica menos congestionado, o que é até uma vantagem para o Google! Se ninguém acessar no dia 5, o máximo de repercussão que pode ter é os indianos terem acesso mais rápido ao site :)
(Em tempo - indianos, paquistaneses e iranianos estão com força total no Orkut! Os brasileiros já estão abaixo de 70%, ao passo que os indianos já são o terceiro maior grupo do site, com 5,26%!)


-- update 6h01PM - update do update 11h30PM (agora tem um de cada \o/):
E aí, clico ou não clico? :P -- tem que ser muito tapado para clicar numa coisa dessas!

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quinta-feira, 15 de junho de 2006

  Neutralidade na rede

Um assunto que tem ganhado destaque rapidamente na Internet é o debate norte-americano - que aos poucos vem adquirindo escala mundial - sobre a neutralidade na rede[1].
As grandes empresas de telefone e cabo querem poder decidir quais páginas seus usuários abrirão mais rápido que outras e quais simplesmente não irão abrir. A idéia é a de fornecer acesso em “camadas” [2] aos conteúdos da rede. Aqueles que têm dinheiro para pagar mais, terão acesso mais rápido (ou serão acessados mais rapidamente), ao passo que os outros poderão ter seu acesso restringido conforme as políticas de cada provedor de Internet [3]
A neutralidade na rede é o princípio que garante que a Internet permaneça gratuita e aberta para todos[4]. Segundo esse princípio, todas as páginas, ao menos em tese, poderiam ser acessadas por qualquer pessoa, e todas abririam na mesma velocidade. A idéia é a de preservar o direito de livre escolha do usuário de decidir o que acessar, e como isso será acessado. Com a preservação desde princípio, nenhum serviço é privilegiado, e todos os sites possuem iguais condições de acesso.
O princípio é defendido desde muito tempo, mas recentemente adquiriu maior visibilidade em razão da votação da nova lei de telecomunicações nos Estados Unidos. E o debate se tornou ainda mais acirrado na semana passada, quando foi anunciado que o Congresso americano aprovou a lei, mas rejeitou a emenda em favor da preservação da neutralidade na rede! A emenda incluiria cláusulas que obrigariam às empresas provedoras de serviços de Internet tratar com igualdade toda a informação que passe por seus cabos. Embora tal medida não tenha sido aprovado no Congesso, a luta ainda não está vencida. Ainda tem a votação no Senado, marcada para o final de junho.
Muita gente tem se engajado na luta pela neutralidade da rede. Tim Berners-Lee, o criador da Web, já se manifestou sobre o assunto em seu blog, alertando para o perigo que a quebra da neutralidade pode representar. Até o Google está defendendo a idéia. Há inclusive uma petição (de assinatura exclusiva para os diretamente envolvidos – no caso, os norte-americanos), que já conta com mais de um milhão de assinaturas.
E o que a gente tem a ver com isso? Bom, os Estados Unidos são como o pulmão da Internet. Uma boa parcela de todo o tráfego de dados da América Latina passa por servidores norte-americanos. Se algo acontecer lá em cima, certamente nos afetará de algum modo. A idéia é espalhar a informação, e garantir que o Senado americano se sinta pressionado o suficiente para incluir alguma ressalva quanto à neutralidade na rede na nova lei de telecomunicações.

[1] A idéia de "net neutrality" é defendida por movimentos como o It's Our Net e Save the Internet, personalidades como Alyssa Milano, e sites como Google, eBay e Amazon.com.
[2] Cf. “A internet em camadas”, do Observatório de políticas públicas de infoexclusão
[3] Este vídeo do YouTube.com apresenta um exemplo bem didático de como isso poderá se refletir no nosso dia-a-dia na web.
[4] Para mais informações sobre a neutralidade na rede, consulte a Faq do site Save The Internet, e também as definições da Wikipedia e Congresspedia.

[obs.: tomé conocimiento del facto gracias a los blogs de lynz y maltut - recomiendo la visita a ambos :)]

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  Fanatismo por Green Day salva a vida de uma garota

Ser fã de Green Day tem lá suas vantagens. Uma garota americana de 12 anos teve sua vida salva após identificar um artefato estranho que encontrou como sendo uma granada. A identificação só se tornou possível porque ela lembrou da imagem de uma granada que há na camiseta promocional do CD American Idiot do Green Day e percebeu as semelhanças que haviam entre o objeto encontrado e o desenho utilizado pelo grupo.




  O poder de um torcicolo

– Ei, o que é aquilo?
– Aquilo o quê?
– Aquilo que estão todos olhando. Olha, lá no alto!
O sujeito ensaiou uma virada de cabeça, meio de má vontade, e, apontando para o alto, exclamou:
– Oh! Magnífico! Que coisa mais linda!
– Então, você está vendo?
– Na verdade, não. Melhor, não sei. O que é para eu estar vendo? Vejo o céu, vejo o sol, vejo as nuvens... os passarinhos!
– Não! Era para você olhar para onde todos estão olhando!
– Mas e o que é que todos estão olhando?
– Não sei. Era justamente essa a minha dúvida.




quarta-feira, 14 de junho de 2006

  Muitas provas = pouco tempo

Esse sistema progressivo de quantidade de provas não é nada animador. Semana passada tive uma prova. Hoje fiz outra. Sexta-feira tem mais uma. Segunda tem uma prova, terça-feira tem três, e na quarta mais uma – a última da Comunicação. Depois segue ainda a programação normal do curso de Direito (com pelo menos outras quatro provas que ainda estarão faltando serem feitas), e entro em férias – espero – dia 10 de julho (data da última prova marcada, de Direito Civil, matéria que preciso de mais nota, além de ser a matéria que mais odeio).

Mas apesar de tudo hoje me senti bem. E quase tive a certeza de que tudo vai dar certo. Primeiro, um colega meu disse que me considera uma espécie de “paradigma de pessoa que faz dois cursos e dá certo” (o que ao menos em tese é verdade... até hoje não tive nenhuma nota absurdamente abaixo da média). Nunca fiz provas de segunda chamada. Nunca precisei faltar aulas de um curso para estudar para o outro. Nunca deixei de entregar meus trabalhos em dia – e até mesmo faço alguns dos trabalhos opcionais. Embora eu sinta que não estou aprendendo nada de nada (não dá tempo para aprofundar nenhum assunto!) no fundo até que está dando certo essa ‘vida dupla’ :P
Outro ponto positivo do dia foi quando fiz uma pergunta em sala de aula. Eu nunca tinha feito nenhuma pergunta para professor algum, em aula alguma. Sempre me senti meio anormal por nunca ter dúvidas durante as aulas. E hoje na aula de manhã tive uma dúvida que realmente precisava ser sanada. Talvez o professor fosse falar do assunto em questão cedo ou tarde, mas ele não se opôs em responder a minha pergunta assim que perguntei. [Okay, posso não ser mais anormal por não ter dúvidas, mas sigo sendo anormal por considerar algo extraordinário o fato de ter feito uma pergunta em sala de aula. Definitivamente, eu não sou normal (em todos os aspectos!) :P]
Outro fator que me fez sentir bem aconteceu quando estava fazendo a prova de hoje de noite. Fui a última a terminar, e em um dado momento ficamos só eu e o professor na sala de aula. Aí ele saiu por um momento da sala e disse que já voltava – ou seja: a) eu sou uma pessoa extremamente confiável (deixar um aluno sozinho em dia de prova?), ou b) ele queria fingir que ia se afastar para tentar me pegar no flagra colando quando ‘voltasse’, ou – talvez a opção menos absurda – c) o professor não está nem aí para cola. De qualquer modo, prefiro adotar a primeira interpretação e me auto-considerar confiável :D

Ah, sim, e retomando a idéia do título (pouco tempo) espero que isso tudo tenha servido para ilustrar o quanto tenho estado (relativamente) ocupada (okay, nem é tanto assim) ultimamente. Espero que a partir da semana que vem (férias de um curso) eu tenha mais tempo para viver e postar aqui pelo blog (sem ter que recorrer a assuntos pessoais e posts do tipo “Querido Diário”)

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terça-feira, 13 de junho de 2006

  Estréia do Brasil na Copa

Ruas vazias, comércio fechado. Falta pouco para o jogo Brasil X Croácia pela Copa do Mundo. Queria ver uma mobilização dessas para mudar alguma coisa de realmente importante nesse país!




  Aplicação do Código de Defesa do Consumidor nas relações banco-clientes

Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as relações banco-cliente deverão ser regidas pelo Código de Defesa do Consumidor. A decisão foi dada semana passada, no julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pelos bancos para evitar que o código do consumidor fosse utilizado para regular a relação dos bancos com seus clientes. Se a ação fosse aprovada, a Justiça estaria contribuindo para reforçar a gritante desproporção existente entre as grandes instituições financeiras e seus singelos e enfraquecidos usuários. A decisão do STF nada fez além de reconhecer a disparidade existente na relação (o cliente é o elo mais fraco, e, como tal, precisa ser protegido – até aqui, nada de novo...). Uma das inúmeras vantagens da aplicação do CDC ao invés do Código Civil é a ampla proteção contra cláusulas abusivas exercida pela lei que regula as relações de consumo. Além disso, o cliente também pode solicitar ao juiz, em ações cíveis, que o ônus da prova caiba ao banco. Em tese, a decisão do STF não muda nada: o CDC, bem ou mal, já vinha sendo aplicado nas relações entre clientes e bancos. A diferença é que agora tem-se a certeza de sua aplicação.




domingo, 11 de junho de 2006

  Construindo uma máquina do tempo ideal

Reflexões surgidas após a leitura do conto “All you zombies” de Robert A. Heinlein, e de algumas considerações acerca do Paradoxo do Avô.

Considerações iniciais

Uma máquina do tempo ideal deveria permitir movimento apenas no tempo, e não no espaço. Para viajar no espaço a gente tem carro, foguete, lancha, balão, bicicleta. O que falta é um dispositivo que permita “viajar” (por falta de um termo mais apropriado) por horas, semanas, meses, decênios, milênios. E não da forma unilateral que se faz quando se mergulha em recordações de um passado vivido, contado ou imaginário (ou acaso alguém esteve na Idade Média para saber como ela realmente era?).

Da importância da construção da cabine

Como ficou decidido que a movimentação se dará apenas no tempo, e não no espaço, faz-se necessária a construção de uma espécie de cabine que permita tal deslocamento. A cabine deveria ser pequena (para uso individual, provavelmente) e feita de um material firme e forte, que resista à ação do tempo (sem ironias).
A pessoa entra na cabine no momento em que está, e sai algum tempo antes no mesmo lugar (para deslocamentos no espaço, consulte o item Máquina do Tempo X Teletransporte). Para pequenas distâncias no tempo, a “viagem” seria tranqüila. O problema é com futuros longos retrocessos no tempo, o que talvez fosse requerer que a cabine seja de um tamanho e formato confortáveis. Considerando-se a necessidade de que a cabine tenha existência tanto no tempo de onde se parte quanto no momento de destino, as longas “viagens” apenas se processarão daqui alguns anos (isso se a máquina for efetivamente implantada e produzida mais ou menos por agora). Mas, em termos simples e lógicos, voltar uma semana no tempo para tentar compreender um pequeno mal entendido é rápido. Mas se alguém que esteja em 3417 resolva voltar ao ano de 2006 para tentar compreender como se deu a construção de determinado dispositivo da máquina do tempo, aí com certeza a “viagem” vai ser bem mais demorada.

O quanto demorada vai ser a “viagem”

Por uma decisão completamente arbitrária (este post trata da construção da minha máquina do tempo, portanto, reservo-me no direito de decidir de forma totalmente aleatória tudo o que concerne ao funcionamento da minha hipotética máquina do tempo), e fazendo analogia com distâncias físicas, cada minuto deslocado no tempo corresponderá a 1 metro. Para fins de cálculo do tempo, considerar-se-á apenas o tempo de deslocamento real, desconsiderando-se os tempos de desintegração e reintegração da matéria (cf. item “Conversão da matéria em luz” abaixo).

Máquina do tempo X Teletransporte

Antes de prosseguir, convém lembrar que o mesmo princípio de desintegração e reintegração da matéria poderá ser adotado na construção de uma máquina de teletransporte (mas aí se estaria falando em uma “máquina do espaço”, o que de certa forma foge à temática proposta neste post). Mas já adianto: o esforço teórico para a construção de uma máquina de teletransporte é completamente inútl, pois para isso (deslocamento no espaço) já dispomos de diversas bugigangas semoventes que desempenham tal função de forma satisfatória, embora em velocidades bem menores do que o que se gostaria. Assim, o caminho para que se atinja uma melhora no deslocamento espacial não é investir no teletransporte, e sim tratar de garantir que a velocidade dos atuais meios existentes seja aumentada.

Conversão da matéria em luz

Tendo sido feita a distinção entre máquina do tempo e máquina do espaço (teletransporte), o passo seguinte seria determinar como se dará a desintegração da matéria. Uma saída prática seria converter a massa do indivíduo que pretende se deslocar no tempo em luz, haja vista a extrema velocidade que a luz é capaz de atingir (ressalte-se novamente que o mesmo princípio também poderia ser adotado numa infrutífera máquina de teletransporte).

A velocidade da luz

A velocidade máxima que a luz pode atingir é de 1 800 000 000km/h, ou seja, 300.000km/segundo. Mas aí tem toda aquela história da teoria da relatividade que diz que a massa do objeto que chega perto da velocidade da luz e a percepção do tempo de quem está em tal velocidade acabam sendo alteradas. A massa reduz, o tempo encolhe. Daí a máquina do tempo necessariamente teria que ter um dispositivo que permitisse corrigir tal falha. Esse é um detalhe que deverá ser trabalhado com o tempo. Por ora, vale fazer como nos exercícios de física do Ensino Médio e partir do pressuposto de que todos os dados complicados poderão ser desconsiderados (“despreze a gravidade, ela é inútil e tem um valor muito complicado”) em nome de uma possível reflexão teórica distanciada acerca do caso.
Entretanto, uma consideração importante que não se pode deixar de fazer neste momento é a necessidade de parcimônia para a utilização da máquina do tempo. Ora, se a conversão causa mudanças de ordem física e temporal, é lógico deduzir que seu uso prolongado possa causar sérias conseqüências. Este assunto poderá ser retomado em futuras considerações teóricas acerca da construção da máquina do tempo. Fica o convite para eventuais pesquisadores e interessados no tema possam desenvolvê-lo via comentários.

Tabela 1 - Proporções tempo – minutos

tempominutos
1 dia1.440 minutos
1 semana10.080 minutos
1 mês43.829 minutos
1 ano525.948 minutos

Cálculos

Logo, na razão de 1 metro por minuto que se queira retroceder no tempo, convertendo a massa em luz, tem-se que:
1 ano = 525 948 minutos.
525 948 minutos = 525 948 metros
525 948 metros = 525,948 km
A uma velocidade de 300.000km/s, seria possível retroceder 1 ano no tempo em menos de 1 segundo (0,0017 segundos). Nessa mesma proporção, uma viagem de 40 anos no tempo (de 2046 para 2006, caso a máquina seja construída ainda este ano), levaria um pouco mais de tempo, mas mesmo assim se manteria em menos de 1 segundo (0,7 segundos). A velocidade seria apenas significativa para trajetos que envolvessem mais de 300.000.000 metros, o que se daria em mais de 570 anos. Como esta não deve ser uma preocupação de alguém que exista em 2006, deixaremos essa reflexão para nossos descendentes, e vamos logo ao que interessa.

Da impossibilidade de se alterar o passado

Alterar o passado poderia ter conseqüências drásticas (tipo Efeito Borboleta, teoria do caos... mexe num detalhezinho e teu futuro muda drasticamente... tanto que tu podes nem mais existir nele – vide Paradoxo do Avô). Logo, o retorno no tempo deveria apenas permitir que se assistisse, como mero espectador, aos acontecimentos do passado.
Não haveria problemas em alguém se assustar ao se deparar com uma versão de si mesma alguns anos mais velha circulando por aí, pois todos do passado “revisitado” saberiam da existência da máquina do tempo, já que a cabine precisaria existir em tal tempo para permitir o “deslocamento” temporal. Mas para evitar confusões e mal-entendidos, o ideal seria que a versão do corpo que retorna ao passado seja mais ou menos fantasmagórica (e decididamente invisível).
Outra questão importante é decidir se a pessoa vai com a idade que tem, ou com a idade que tinha (e, consequentemente, com o grau de julgamento da idade que irá revisitar). Há dois aspectos a serem observados: (1) de nada adiantaria, por exemplo, poder retornar ao passado para avaliar com distanciamento crítico uma determinada ação, se não se pudesse utilizar dos conhecimentos adquiridos ao longo do tempo para poder refletir com maiores subsídios e tentar alterar o futuro (já que o passado é inalterável); e (2) se a pessoa vai ao passado, como mero espectador (sem poder interferir nos eventos), nada mais lógico que se vá com a idade que se tem no momento em que se entra na máquina (e não com a idade que terá quando observar-se ao sair dela).

Finalidade prática da máquina do tempo

A utilização prática da máquina, ao menos em tempos em que estejamos vivos (considerando-se a construção da máquina em 2006, e uma expectativa de vida média de 71,3 anos para um brasileiro), será apenas para rever acontecimentos dos quais tomamos parte e durante os quais estivemos vivos. Sua finalidade principal seria permitir que as pessoas revejam suas atitudes e reconsiderem seus posicionamentos.

Conclusão inexorável

A máquina do tempo já existe, sob diversas formas e para diversos usos: máquina de fotografar, máquina filmadora, blogs. Tudo são próteses que nos ajudam a revisitar o passado em momentos de dúvidas. Mas não dá para se prender a ele: o presente está aí, para ser vivido. E o futuro chega a todo momento. Então, qual o sentido de se querer tanto ir de volta ao passado?




quarta-feira, 7 de junho de 2006

  Fim do mundo

Sem graça. O dia passou e não fiz nenhuma piadinha infame com o 666 :/ Agora não tem mais graça dizer que o mundo poderia ter acabado pela 467862ª vez. Também não faz sentido argumentar pró e contra os motivos da data (desde dizer que não é bem 666 porque o ano é 2006, e não, bem, 6, até falar que às 06:06:06 da manhã o mundo deveria ter acabado!). Não deu para criar uma lista inútil de despedidas para o fim do mundo (vá que os blogs e a Internet permanecessem no ar pós-fim do mundo) e nem deu tempo de fazer uma relação idiota de coisas que eu gostaria de fazer até o fim do mundo. Agora é tarde. Alguém sabe qual é a próxima data que o mundo está marcado para acabar? :P Até lá prometo fazer um post mais elaborado :)




segunda-feira, 5 de junho de 2006

  Movimento Anticopa

Notícia do Terra comenta que um grupo sul-coreano iniciou um movimento anticopa. Estranho um movimento desses ainda não ter eclodido por aqui. É um absurdo o modo como este país pára em época de Copa do Mundo!




  Chatsum

Uma nova (depende: até quando algo pode ser considerado novo?) extensão do Firefox promete dar o que falar. Com o Chatsum é possível bater papo com as pessoas que visitam a mesma página que você na Internet. Imagine poder comentar aquela notícia bombástica no mesmo momento em que a lê? Agora, ao menos em tese, isso é possível. Por enquanto, o sistema é novidade e tem poucos usuários. Na maioria das páginas que acessei hoje tudo que vi foram recados do tipo "legal esta extensão", ou "olá, tem alguém aí?". Mas, se conseguir conquistar usuários, essa é uma ferramenta que promete arrasar! :)
O grande obstáculo para o crescimento e popularização da extensão é o fato de que ainda pouca gente usa o Firefox como navegador de Internet.

(Obs.: quem ainda não usa o Firefox pode baixá-lo clicando aqui)

E mesmo com pouco uso os brasileiros já se apropriaram do sistema e encontraram modos diferentes de utilizá-lo. Na página do Google, por exemplo, é possível ver diversas propagandas de sites entre os comentários do histórico do bate-papo o.0 Brasileiro na Internet é pior que praga: se espalha por tudo!!




sábado, 3 de junho de 2006

  "Alô. Quem fala?"

Tenho pavor de telefone – nunca sei o que dizer, muito menos como as coisas devem ser ditas. Gaguejo, tremo, suo frio... Tenho medo de ser mal compreendida, sei lá. Sempre que posso, mantenho-me afastada dessa coisa. Mas tem horas que não dá para escapar. E um desses momentos típicos é quando o telefone toca.
Uma das coisas que nunca entendi, e que talvez nunca vá entender, é o motivo que faz com que a pessoa que liga tenha a prerrogativa de iniciar a conversa. Não parece de bom grado invadir a privacidade de alguém sem aviso e, não obstante, como se não bastasse, iniciar a conversa perguntando quem está falando. Por que, ao falar no telefone, quem liga é quem faz essa pergunta? Não deveria ser o contrário?
Quem liga tem ao menos uma vaga noção de quem poderá atender o telefone, ao passo que aquele que recebe a chamada não tem a mínima idéia de quem poderá estar do outro lado da linha (a menos, é claro, que esteja esperando uma ligação, mas nesse caso estará tão grudado ao telefone que nem dará chances para a pessoa que liga falar qualquer coisa).
A pergunta correta, aliás, não é nem quem fala, e sim com quem se quer falar. O ideal não seria, então, aquele que recebe a ligação, após o alô, perguntar: “quem é você e com quem deseja falar?”. Apesar do tom inquisitivo que a pergunta invertida possa aparentar ter, isso se faz necessário quando se constata que o elo fraco da relação não é quem liga, e sim aquele que é incomodado no recôndito do seu lar por uma ligação inoportuna.
Imagine a cena. Você está lá, de pijama de bichinhos, meia furada, cabelos desgringolados, arrastando-se pela casa enquanto toma uma xícara de chá bem quente, e de repente toca o telefone. Você leva um susto homérico, toma um gole mais forte que os pequenos bebericos que vinha tomando por saber que o chá estava muito quente, e acaba queimando o céu da boca e a língua. Sua vontade é a de xingar as paredes, mandar o telefone para aquele lugar que rima com cerda, mas o melhor que tem a fazer naquele momento é deixar a xícara e o chá de lado, dirigir-se ao telefone e atendê-lo; do contrário, ele não vai parar de berrar. Ainda não totalmente recuperada do susto, você tira o telefone do gancho e, ao invés de do outro lado da linha alguém se desculpar pelo susto que te deu, muito pelo contrário, a voz do além simplesmente pergunta quem é você, e isso antes mesmo de querer saber se está tudo bem, ou sem ao menos te questionar se você queria ou se podia atender aquele telefonema. Mas tudo bem. Digamos que isso é culpa do comodismo da vida em sociedade: certos hábitos arraigados são muito difíceis de serem modificados.
(Não vou nem entrar no mérito da questão de a pergunta ser “Quem fala?”, ou “Quem é?”, porque esta última abre uma gama infinita de possibilidades de respostas, muito mais do que caberia neste humildíssimo post de blog)
Até que há uma pseudo-justificativa para a situação. Geralmente quem liga é quem sabe o que vai falar, e, sabendo o tema da conversa, tem maiores subsídios para conduzi-la com propriedade.
Mas não é só esse o problema. Tem ainda toda aquela história de quem deve dar o alô inicial: se é quem liga ou quem atende. Às vezes isso nem chega a ser um problema, os dois tentam se adiantar e acaba saindo um alô concomitante. Mas tem vezes que o que liga está distraído, não percebe que sua chamada foi atendida, e o cara do outro lado da linha fica meio hesitante, não sabe se fala alguma coisa ou espera pela voz de com quem se fala. Aí fica aquela situação estranha, aquele silêncio constrangedor, e acaba que nenhum dos dois tem a coragem necessária para dar início à conversa. O cara que atende chega até a pensar se não estaria sonhando que o telefone tinha tocado. No fim, um dos dois vence esse jogo do sério imposto, a brincadeira acaba, e o um dos indivíduos pergunta se tem alguém do outro lado da linha.
Celular acaba com isso tudo. É sempre com quem você vai falar que vai atender. Mas invade muito mais a privacidade, muito mais. Daí se dizer que celular é problema, não é solução.
A meu ver, o meio de comunicação ideal seria o Skype. A justificativa é simples: para acessá-lo, presume-se que você esteja ao menos disposto a conversar... Ou acaso alguém seria insano de colocar seu status como online quando não está a fim de papo?

P.S.: Reflexões surgidas após o telefonema que recebi hoje de tarde:

Interlocutor estranho do sexo feminino: Alô?
Eu: Alô!
Iesf: De onde fala?
Eu: É, er.. [silêncio constrangedor... demorei para lembrar qual era o meu telefone] trinta e dois vinte e sete – blá blá blá blá.
Iesf: É de Pelotas?
Eu: Sim.
Iesf: Quem é você?
Eu: [a vontade era responder “Não sei, estou há tempos procurando me entender, mas ainda não cheguei a uma conclusão específica”, mas engoli a resposta e disse, simplesmente:] Gabriela.
Iesf: Gabriela? Não, Gabriela não...
Eu: [“Sim, é Gabriela! Ao menos é assim que me chamam desde que eu nasci, e é esse o nome que consta na minha carteira de identidade. Queres que eu te mostre? Ah, não, isso é impossível... A gente está no telefone. Ei! Quem é você???”] Com quem você gostaria de falar?
Iesf: Com a Kelly. A Kelly tá aí?
Eu: [Kelly??] Não tem ninguém com esse nome aqui.
Iesf: [dirigindo-se para um terceiro alheio à conversa, provavelmente] Viu? Tu discou o número errado. Não tem nenhuma Kelly lá. [novamente dirigindo-se a mim] Ah, desculpa, eu devo ter errado o número.
Eu: Tudo bem, t- [a pessoa desligou antes que eu pudesse terminar a palavra].




  Mp3 por quilo

Preocupação geral com o site russo que vende mp3 por quilo (Kb). O site é popular. Mas, de acordo com o NYTimes, tem tudo para ser ilegal: os baixos preços cobrados indicam que ele talvez esteja infringindo regras de copyright.
(O legal é se a moda pega... baixar a música pelo tamanho que ela ocupa em Kb -- as músicas de sucesso seriam aquelas de pouco mais de 2 minutos :P)

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  O voto nulo e a cidadania

     Interessantes as recentes manifestações de indignação da população brasileira com relação ao modo como as eleições são conduzidas no país. De um modo geral, todas as correntes por e-mail e agrupamentos virtuais que sugerem que se vote nulo nas eleições de outubro para presidente, mais do que uma forma de mobilização, parecem ser uma prova viva de que os cidadãos do país estão finalmente amadurecendo politicamente.
     Para uma sociedade que sequer compreende a importância de uma eleição, de nada adiantaria sugerir o fim do voto obrigatório. A escolha de nossos representantes deveria ter a votação facultativa, sim, mas antes é preciso convencer as pessoas da importância do voto. Do contrário as eleições manifestariam apenas os interesses da minoria, daqueles que têm consciência da importância da escolha que estão fazendo, ou – pior – serviriam para perpetuar as práticas de corrupção e fraude, pois somente aqueles que tivessem algum estímulo (financeiro ou moral) seriam compelidos a ir votar. Uma boa parcela dos cidadãos (aqueles que não se interessam por política) sequer se envolveria no pleito. E uma eleição que sirva para reforçar as diferenças entre os cidadãos não é uma opção plausível.
     Embora a saída não seja simplesmente votar nulo, o grande mérito dessas correntes que circulam pela Internet é a de mostrar que os cidadão estão se dando conta dos jogos e artimanhas políticos engendrados por aqueles sujeitos e partidos que costumam vencer as eleições e se perpetuar no poder. O problema não são as eleições: é contra a manutenção do status quo que essas correntes se insurgem.
     O voto nulo não soluciona nada: apenas obriga a Justiça Eleitoral a convocar novas eleições. Os candidatos permanecerão os mesmos (a menos que os partidos decidam mudá-los por livre vontade), e o máximo que a anulação da eleição poderá ensejar é o seu adiamento. Não faz muito sentido atrasar uma escolha: se ela tem de ser feita, o melhor não é fazê-la tão logo seja possível?
     A solução para o país não é votar nulo. A solução é mobilizar-se contra o modo que as coisas são. Se isso tiver de ser feito por intermédio de uma comoção popular em prol da anulação da votação, paciência. O grande mérito dessa mobilização virtual é o de chamar atenção das pessoas para a necessidade de se fazer uma escolha política consciente, de não se deixar enganar pelas campanhas eleitorais.
     Enquanto o cidadão não toma consciência de que votar é um exercício de cidadania, o voto deve sim permanecer obrigatório. Quando nossas escolhas começarem a ser mais racionais, quando a maior parte das pessoas votarem com consciência, e não por comodidade, aí sim se poderá falar na instituição do voto facultativo. Até lá, tentar convencer os outros de que o melhor é votar nulo já é um bom caminho para mostrar o quanto nossa democracia é falha e o quanto nosso mecanismo de escolha popular anda enfraquecido.

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sexta-feira, 2 de junho de 2006

  Reflexões aleatórias

Fatos da vida de uma estudante (semi) dedicada:

(não gosto muito de posts do tipo "Querido Diário,", mas...)

Síndrome bibliotecnológica. Não consigo ficar mais de 10 minutos numa biblioteca sem pegar um livro. É mais forte que eu. Tenho calafrios, minhas mãos tremem, começo a entrar em desepero, caminho de um lado para o outro, tento manter-me afastada do balcão, mas acabo me aproximando dos terminais de consulta. Aaaah.

Uma dica: quando você leva mais de um mês para ler um livro de menos de 300 páginas, desista! É sinal que você nunca vai conseguir terminar de ler. Estou no meio de 2 livros desde o começo das aulas. E o pior é que eu realmente gostaria de terminá-los!

Incompatibilidade entre empolgação demais e cobrança de menos. Fiquei empolgada com a idéia de fazer um trabalho para a faculdade porque escolhi um tema legal que realmente me interessava. Fiz alguma pesquisa preliminar, procurei livros que tratassem sobre o assunto, li alguma coisa nos jornais... Só que no meio disso tudo eu me esqueci de um detalhe importante: as exigências da universidade ficam absurdamente aquém das possibilidades abertas pela minha mega empolgação. (Ou seja: há vontade de escrever um tratado sobre o assunto... mas o professor pediu um mísero textinho de 80 linhas... gahhh!).

Resgate das origens. Talvez já esteja na hora de fazer as pazes com o curso de Direito (estava desiludida com o mundo jurídico há um bom tempo) e voltar a postar por aqui coisas mais de acordo com a temática por mim proposta (vide título do blog). O Direito não é tão ruim assim. Apenas preciso aceitar o fato de que talvez eu nunca vá ter vontade de trabalhar com ele. Mas mesmo assim reconheço que seja útil aprender sobre a "convivência entre os seres humanos" (de acordo com meu professor de Filosofia/Hermenêutica, é apenas para isso que serve o curso de Direito o.0). Enfim, os próximos posts voltarão a ter conotação jurídica ("ahhhh não.. que coisa chataaa!! não faça isso gabi!!" :P)

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  Copa do Mundo

Essa é para quem já não agüenta mais ouvir falar em Copa do Mundo, a menos de 10 dias do Mundial... Um hotel britânico resolveu oferecer estadias livres de qualquer menção à Copa do Mundo durante o período de realiação dos jogos na Alemanha. Qualquer alusão acidental à "palavra com F" (futebol) fará com que o hotel tenha que dar uma taça de champagne de brinde para o hóspede que se sentir prejudicado.


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