quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Prometendo o impossível
Ao acessar aleatoriamente um artigo do Le Monde Diplomatique Brasil, deparei-me com a matéria “A fábrica de desejos” de Ignacio Ramonet, datada de maio de 2001, criticando (detonando) a publicidade. Para ele, a publicidade seria reducionista, no sentido de que oferece uma versão condensada do mundo – ao recorrer sempre aos mesmos estereótipos para significar a vida, para nos impor desejos. O que a publicidade faz é uma promessa a qual é muitas vezes incapaz de cumprir:
“A publicidade promete sempre a mesma coisa: o bem-estar, o conforto, a eficiência, a felicidade e o sucesso. Ela reflete uma cintilante promessa de satisfação. Vende sonhos, propõe atalhos simbólicos para uma rápida ascensão social. Fabrica desejos e exibe um mundo em férias perpétuas, tranqüilo, sorridente e despreocupado, povoado por personagens felizes que possuem, enfim, o milagroso produto que os fará belos, impolutos, livres, sãos, desejados, modernos...”E nós, os idiotas consumistas, acreditamos (ou melhor, fingimos acreditar) que aquele mundo maravilhoso proposto pela publicidade é, na verdade, um mundo possível :P
Marcadores: mídia
Comentários:
jctunes.blogspot disse:
Na verdade não acreditamos em papai noel, já há muito tempo, mas fingimos que sim por medo de nos tornar chatos, o único de passo certo no meio do batalhão, e nos lançamos a consumir.
Na verdade não acreditamos em papai noel, já há muito tempo, mas fingimos que sim por medo de nos tornar chatos, o único de passo certo no meio do batalhão, e nos lançamos a consumir.
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