domingo, 30 de setembro de 2007

  A estranha lógica dos resultados no Google

Isso acontece todo ano. Ao invés de digitar telesena.com.br, as pessoas rendem-se à legítima preguiça e procuram pelo resultado parcial da telesena de primavera no Google. Como conseqüência, caem neste blog. (Maldita hora em que resolvi fazer uma analogia com telesenas...)

Alguém deveria pesquisar esse fenômeno da dependência pelo Google. Mesmo sabendo o endereço, as pessoas preferem procurar primeiro no Google. E, como os blogs estão tomando conta dos resultados, acabam caindo em postagens que não têm absolutamente nada a ver com o que pretendiam encontrar.

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Em tempo: caso você seja um pára-quedista do Google, é possível acompanhar o resultado parcial da Telesena de primavera em www.telesena.com.br.

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  Liberdade de locomoção virtual

O Habeas Corpus é uma ação constitucional cujo objetivo é assegurar a liberdade de alguém que tem seu direito de ir e vir ameaçado ou violado por ilegalidade ou abuso de poder – como no caso de uma prisão sem fundamento na lei. Tentar usar um Habeas Corpus como via para exigir acesso ao YouTube no tempo do bloqueio decorrente da polêmica do vídeo da Cicarelli é no mínimo curioso. Pena que a Justiça é lenta (o resultado saiu tarde demais – em 12 de janeiro, o YouTube já havia sido restabelecido para todos os brasileiros) e retrógrada (o Judiciário brasileiro ainda não entendeu a Internet). Talvez alguma outra ação fosse mais pertinente nesse caso – mas mais demorada, também. O Habeas Corpus tem tramitação mais rápida porque protege direito constitucional.




  Como afundar um blog

Muitos blogs por aí trazem dicas de como melhorar um blog. Mas pouco ou quase nada é dito sobre como afundar um blog.

Confira abaixo as 10 dicas furadas de como transformar um blog de sucesso em um grande fracasso:

1. Mude completamente de foco e passe a blogar sobre as peripécias de sua irmãzinha de 3 anos (se não tiver uma, invente). Em miguxês, KlaRuUuu.

2. Comece a visitar blogs de assuntos completamente diferentes do seu e deixe comentários do tipo “olá! gostei muito do seu blog. visite o meu. http://endereço_do_seu_blog”

3. Peça links. Para todo mundo. Indiscriminadamente.

4. Faça posts falando mal de postagens de outros blogs. Com trackback.

5. Mude as configurações do seu feed para que ele mostre apenas um pedaço do conteúdo dos posts (e não o texto inteiro). Ou – melhor ainda – elimine o feed.

6. Troque a combinação de cores do layout para algo como vermelho com ciano (dá um contraste horrendo).
exemplo de gif piscante terrivel
7. Encha a página inicial do seu blog com widgets, e links para tudo quanto é serviço de Internet relacionado ou não a blogs.

8. Espalhe gifs piscantes no meio dos seus posts. Com hotlinking.

9. Bote para tocar automaticamente uma música em .mp3 de alguma banda estridente.

10. Deixe scrap para seus amigos no Orkut pedindo para que eles comentem no seu blog. Anuncie seu último post como se fosse a próxima maior maravilha do universo.

Seguindo essas dicas, com azar, você poderá figurar no próximo ranking dos 50 piores blogs do Brasil (com sorte, o blog afunda mesmo).

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sábado, 29 de setembro de 2007

  Protestos em Myanmar

Myanmar, Mianmar, Mianmá, Burma, Birmânia - mais uma vez, a mídia nos traz informações sobre um país que poucos sabem onde fica (fora os que nem sabiam que o país existia). E as notícias por lá não são nada boas. Protestos, imprensa censurada, fronteiras fechadas...

Myanmar é um país situado no sul da Ásia. A língua oficial é o birmanês. A capital do país foi mudada recentemente. Desde 2006, é Naypyidaw. A maior cidade - e ex-capital - é Yangon (antes Rangum). Ex-colônica inglesa (independente desde 1948), e atualmente governada por uma junta militar, a Birmânia foi palco de violentos combates durante a Segunda Guerra Mundial. Desde 1989, o país se chama Myanmar.


Exibir mapa ampliado


A população de Myanmar iniciou uma onda de protestos em agosto, depois que o governo aumentou o preço dos combustíveis. Os protestos contra a degradação da economia se intensificaram recentemente com a adesão dos monges budistas. A população foi às ruas em maior quantidade, e se envolveu em conflitos com o Exército. A situação se tornou tão instável que a ONU enviou um representante ao país para tentar restaurar a ordem.

Mídia cidadã

Com a repressão, tem se destacado na mídia o papel do jornalismo cidadão. A partir dos países vizinhos (já que a imprensa do país é militarmente controlada), jornalistas exilados de Myanmar enviam informações sobre o conflito para o resto do mundo.

Destaca-se ainda nessas transmissões o papel das tecnologias móveis, como câmeras de celular e satélites. Em 1988, o país viveu uma situação de conflito semelhante. Entretanto, na ocasião, as informações sobre o conflito só chegaram ao resto do mundo três dias depois, a partir da mídia oficial. Com a Internet, tudo fica mais rápido – inúmeros blogs têm mantido o mundo informado dos acontecimentos (talvez tenha sido por esse motivo que o governo bloqueou o acesso à Internet no país na sexta-feira).


O site da Democratic Voice of Burma (DVB), uma organização midiática que divulga notícias sobre o país (mas localizada fora dele), pede que pessoas do mundo inteiro enviem mensagens para a população de Myanmar. As mensagens serão exibidas na DVB TV. Outro veículo do país – que tem recebido contribuições via celular dos participantes do conflito – é o Mizzima News. O canal participativo da CNN – I-Reporter – também tem se mostrado bastante ativo.

Os Estados Unidos coordenam uma grande campanha para salvar o país. Há até um vídeo no YouTube, estrelado por Jim Carrey. A campanha também pede a libertação de Aung San Suu Kyi, ganhadora do prêmio Nobel da Paz em 1991.

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Em tempo: blogueiros de todo o mundo estão se unindo para, no dia 4 de outubro, postar em defesa de Burma. Se você tem um blog, não deixe de participar da campanha "Free Burma!".

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  Clique aqui

Quer saber qual a maneira mais efetiva de fazer alguém continuar lendo um determinado texto dividido em mais de uma página? Clique aqui!

(Via 10,000 words)

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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

  US Candidate Match Game

O USAToday elaborou um jogo interativo (ou seria apenas um infográfico mais elaborado?) para apresentar aos seus leitores algumas das propostas dos candidatos à presidência dos Estados Unidos. A idéia é a pessoa responder um quiz indicando como se posiciona diante de determinadas questões polêmicas, como aquecimento global, guerra no Iraque e casamento entre pessoas do mesmo sexo, e o sistema indicar qual dos candidatos possui um perfil mais parecido com o seu. Interessante para aprender mais sobre os candidatos. Interessante como uma forma criativa de newsgaming. Meio catastrófico como jogo na prática – uma posição extremada já é capaz de determinar quem deveria ser o seu “candidato”.

Para mim, deu Dennis Kucinich, um democrata.

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No mesmo sentido, há o jogo “Presidential Pong”, da CNN. Bem mais elaborado, bem mais divertido – mas no estilo “mais jogo, menos informação”.

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Tem até a categoria de “tabloid games” – como no jogo The Prision Life: Paris.

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Em tempo: notícias com informações apresentadas na forma de jogos seriam o próximo passo da evolução da prática de construção de infográficos interativos?

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  Blogs influentes

A Revista Bula fez uma pesquisa com usuários da Internet para tentar descobrir quais são os blogs mais influentes do Brasil. Sem caráter científico, foram enviados 400 questionários para jornalistas, escritores, professores e estudantes universitários de todo o país. Como resultado, o blog Pensar Enlouquece aparece no topo da lista.

Há uma grande presença de blogs de jornalistas. Tem até blog daquele jornal que não gosta de blogs (um só, mas tem). Aliás, o destaque fica por conta da diversidade de blogs que compõem a lista dos 21 mais influentes do país.

(Via o próprio Pensar Enlouquece)

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Em tempo: Blue Bus conta, efetivamente, como um blog?

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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

  Sketchcast: mistura de podcast com desenho de primeira série

Você já passou por situações em que seria melhor desenhar ou fazer um esquema, ao invés de ter que explicar, inutilmente, em linhas e linhas de texto, um determinado fato ou situação? Com o Sketchcast, blogar se torna uma tarefa muito mais fácil. A página funciona como um bloco de notas digital. É possível desenhar, inserir texto, apagar, e, o mais legal de tudo - adicionar áudio. Com áudio, desenhos e textos, não há idéia complexa que não possa ser devidamente apreendida.

Abaixo, minha tentativa de representar toscamente graficamente a cadeia de produção de um post. Sem áudio - não é dessa vez que vocês vão ter o desprazer de ouvir minha voz :P

Duração: 2'52"



link para o pessoal do feed


* Reparem na qualidade estética da segunda seta.

(Via CyberNetNews)

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terça-feira, 25 de setembro de 2007

  Como ser um bom estudante de jornalismo

Assim como não dá para devolver o Brasil para os índios e refundar o país, também não dá para começar a faculdade de novo, só para fazer tudo direitinho na segunda tentativa. Na maior parte das vezes, a gente aprende errando. Entretanto, aprender por tentativa e erro gera algo extra que os outros tipos de aprendizagem não permitem: o desejo de nunca mais errar.

Mas, para quem ainda está começando – ou para quem, como eu, ainda tem um semestre e meio pela frente para tentar fazer melhor – vale a pena ler as dicas de Paul Bradshaw sobre como ser um estudante de jornalismo. Em versão sintetizada, as dicas seriam:

1. Leia notícias
2. Esqueça que você tem uma opinião
3. Saiba a diferença entre notícia e matéria
4. Faça contatos
5. Tenha uma vida
6. Não fique sentado esperando por uma resposta por e-mail
7. Aprenda a escrever certo
8. Esteja aberto a novas experiências
9. Leia livros
10. Saiba o que você quer ao sair disso – e corra atrás

No mesmo sentido, post de hoje no eCuaderno com conselhos para alunos de um novo curso. Dentre os conselhos, está o de “especializar-se em assuntos, e não em meios”. E “começar um blog”. Como se trata de um curso sobre informação, no post há ainda um divertido vídeo para ilustrar o impacto da tecnologia na gestão da informação. Vale a pena assistir.

(Via Ponto Media)

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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

  Um ano de G1

O portal de notícias na Internet da Globo, o G1, completou um ano no dia 18 de setembro. Como uma forma de marcar a passagem da data, o portal tem publicado uma série de especiais sobre o primeiro ano do site. Há notícias que destacam as principais coberturas desse último ano (ótimo para recapitular o que foi notícia nos últimos meses, e também para constatar que o tempo passa), as notícias mais bizarras, as grandes disputas tecnológicas, as principais inovações do G1 nesse primeiro ano (algumas das grandes sacadas do portal são a presença marcante de infográficos, o grande número de vídeos para ilustrar as matérias, a possibilidade de comentários em [algumas das] notícias, e o canal de participação do leitor), e até uma matéria que explica, em detalhes, como são feitos os infográficos do G1.

Não costumo ler sempre o G1 (embora assine o feed de Tecnologia do site) - mas é inegável o quanto eles parecem se preocupar em produzir conteúdo voltado para a Internet (em termos de linguagem e recursos multimídias). É um dos poucos sites que fazem isso hoje em dia, infelizmente. Deveria ser a regra geral.

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domingo, 23 de setembro de 2007

  Proteção ao idioma nacional


"Oeuvre en partage" (algo como "obra em partilha") é a nova denominação para a licença Creative Commons na França. Os franceses são tão protetivos quanto ao seu idioma, que tudo deve ser devidamente adaptado para o idioma francês. No documento da commission générale de terminologie et de néologie, consta ainda que o emprego da expressão "Creative Commons" na França é "desaconselhado".

Segundo a Wikipedia, a comission générale de terminologie et de néologie é um organismo administrativo francês cuja função é contribuir para o fortalecimento da língua francesa. O órgão, criado em 1996, atua sob a direção do primeiro ministro. A idéia é proteger a francofonia.

Alguns exemplos de termos franceses felizes aplicados à Internet são logiciel espion (para spyware), diffusion pour baladeur (para podcasting), e bloc-notes (para blogs).

Curiosidade: como ficariam termos como "blog", "podcast" e "spyware", caso fossem aportuguesados?

E depois ainda reclamam da proposta de reforma ortográfica para unificação da língua portuguesa. Para nós brasileiros, apenas somem alguns acentinhos, caem os tremas, e mudam algumas poucas palavras. Imagina a tragédia que não deve ser para os portugueses ter de abrir mão do "c" charmosinho antes dos "ts" em palavras como "contracto". E ainda por cima ter de fazer isso em favor de seu ingrato ex-filho mais pobre (e mais populoso).

(Via Jean-Luc-Raymond)

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  A insurreição no Brasil, há 114 anos atrás

Em setembro de 1893, um artigo do New York Times comentava a queda da monarquia no Brasil e os primeiros anos da República. O artigo, em uma página de jornal entupida de texto (bem ao estilo da época), trazia ainda um mapa do Brasil, para ajudar os norte-americanos a compreender a localização daquele novo país recém-descolonizado. Histórico. Interessantíssimo. E acessível gratuitamente via arquivo do New York Times na web - todas as edições do jornal, de 1851 a 2007, estão disponíveis na íntegra na Internet. Os textos publicados até 1922 (e que estão em domínio público) podem ser lidos gratuitamente, em pdf. Para os demais, é preciso pagar pelo acesso. Dá para ficar horas e horas perdido em leituras sobre o passado.

(Via GJol)

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sábado, 22 de setembro de 2007

  Jornalismo em 20 palavras



É possível contar uma notícia completa em apenas 20 palavras? Essa é a proposta do 20palabras.com, projeto dos jornalistas argentinos Dario Gallo e Pablo Mancini, no qual 20 jornalistas (presença cabalística do número 20?) enviam as atualizações pela web ou por dispositivos móveis, se possível a partir do próprio local do acontecimento. O resultado são notícias curtas, informativas, publicadas em estilo blog (das mais atuais para as mais antigas), para serem lidas preferencialmente em dispositivos móveis, e que servem como ponto de partida para conhecer os fatos que acontecem no mundo. Útil para não se perder por aí com tanto caos informacional.

Há três critérios de hierarquização das notícias: cronológico (coluna principal), editorial (coluna Esenciales 20P) e por popularidade (nuvem de tags, com os temas mais falados do dia).

O site conta ainda com blogs, podcast, e permite comentários nas notícias.

Em tempo: os comentários podem exceder 20 palavras.

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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

  Notícia online


Pirâmide invertida, pirâmide deitada, news diamond... afinal, qual o modelo ideal para uma notícia na internet? Há, de fato, um modelo ideal, ou seria possível lidar com uma verdadeira multiplicidade de opções - algo como... cada tipo de fato requeriria um tipo de texto, que, por sua vez, seguiria um modelo diferente?

A idéia do news diamond parece interessante. E ainda inclui o Twitter (ali no topo, no 'Alert', como primeiro passo de uma notícia na internet).



(Via André Deak. Via GJol. Via Online Journalism Blog)

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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

  Jornalismo wiki e o futuro do jornalismo online

Há algum tempo atrás, Paul Bradshaw, do Online Journalism Blog, iniciou uma página em formato wiki para escrever um artigo sobre jornalismo wiki. No dia 13 de setembro, o resultado final foi apresentado na Future of Newspaper Conference, na Cardiff University, Inglaterra. O artigo delinea as principais possibilidades de utilização da ferramenta wiki para a produção jornalística (com ou sem a participação dos leitores).

Aproveitando o assunto, fiz algumas perguntas por e-mail para autor, sobre jornalismo wiki e o futuro do jornalismo online, em uma entrevista para a disciplina de Jornalismo Digital. O resultado pode ser conferido no meu blog de aula (em português), ou no próprio blog de Paul Bradshaw (em inglês).

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Em tempo: normalmente, uma jornalista de verdade não precisaria pedir isso... mas... se alguém notar algum deslize grave na tradução, favor noticiá-lo via comentário. É a primeira vez que tento fazer algo do tipo, e erros costumam fazer parte do processo de aprendizagem :)

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domingo, 16 de setembro de 2007

  Zero Hora

Da Zero Hora de hoje, página 36:

- Não é a primeira vez que fazem uma barbaridade dessas. Meu marido e meus filhos também têm moto, poderia ter sido eles – alerta uma moradora que pede para ser identificada

Desculpem o post meio Verdade Absoluta, mas...
Por favor, alguém identifica a moça! Coitada, ela está perdida e não sabe quem é. Deve ter ficado transtornada com a história do motociclista degolado.

(Não me perguntem o que eu estava fazendo lendo a página policial da Zero Hora de domingo; mas é interessante notar que os erros de supressão de palavras não acontecem só no jornalismo online)

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Falando em jornalismo online... A Zero Hora irá lançar uma nova versão online na quarta-feira. A estratégia faz parte da comemoração dos 50 anos do Grupo RBS. Dentre as novidades anunciadas, estão notícias em tempo real e espaços para a participação dos usuários. (Finalmente a ZH vai sair do modelo transpositivo!). Só não precisavam fazer tanto suspense, substituindo a página tradicional do site por um contador no estilo “nós vamos mudar o mundo”. A roda já foi inventada. Sites mudam todos os dias.

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Update - 20/09 - hora de morder a língua e fazer a mea culpa - o resultado final do novo site da ZH é realmente muito interessante. E também não deixa de surpreender o fato de que se trata de um jornal online de uma empresa jornalística que fica fora do eixo Rio-São Paulo. No máximo, talvez eles tenham exagerado um pouco nos espaços em branco (essa é uma nova tendência feliz para o design de páginas na web?) - falta uma cor marcante e que chame a atenção.

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  Leitores (não) sabem escolher notícias

Um estudo do Project of Excellence in Journalism (PEJ) comparou, durante uma semana, o agendamento de notícias em sites em que os usuários podem escolher o que irá receber destaque, e na mídia tradicional. Os resultados apontam que as informações encontradas em um e outro lugar tendem a ser diferentes.

A pesquisa levou em conta as notícias veiculadas na semana entre 24 e 27 de junho de 2007, nos sites Del.icio.us, Digg, Reddit (conteúdo gerado por usuários), Yahoo! News (nas categorias mais vistas, mais enviadas por e-mail e mais recomendadas) e nos jornais normalmente analisados pelo PEJ. Na semana em recorte, observou-se que a mídia tradicional focou em assuntos de interesse público, em áreas como política, ou internacional, ao passo que os sites de conteúdo gerado por usuário focaram-se em novidades tecnológicas e científicas (como o lançamento do iPhone) e em trivialidades (como imagens de frutas e legumes comendo-se uns aos outros).

De acordo com o estudo, ainda,

“In short, the user-news agenda, at least in this one-week snapshot, was more diverse, yet also more fragmented and transitory than that of the mainstream news media”


Sim. Os resultados apontam que, se se deixar tudo nas mãos dos usuários, a audiência emburrece. Essa é mais ou menos a conclusão a que chega Nicholas Carr, ao comentar o estudo em seu blog:

“When you replace professional editors with a crowd or a social network, you actually end up accelerating the dumbing-down of news. News becomes a stream of junk-food-like morsels. The people formerly known as the audience may turn out to be the people formerly known as informed”

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Algumas considerações:

- Se o público prefere outras coisas, diferentes das tratadas na grande mídia, será que isso não poderia significar que a mídia é quem está errada?

- O fato de que o público não sabe escolher, significa que a mediação jornalística continuará necessária, talvez não tanto na geração de conteúdo, mas pelo menos na questão de selecionar o que é relevante? (Entretanto: relevante para quem???)

- Não é absolutamente normal que tenha predominado contribuições sobre tecnologia em sites como del.icio.us e digg, cujos públicos são formados, em sua maioria, por geeks?

- Qual seria a necessidade de haver agregadores de notícias controlados por usuários se fosse apenas para reproduzir o conteúdo da grande mídia?

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  Vergonha nacional

Ainda não comentei nada sobre a recente vergonha nacional. Passados alguns dias, não tem lá muita graça discorrer sobre os números discrepantes da votação secreta (40 votaram contra, 35 a favor, 6 abstiveram-se, sendo que 41 bastariam para cassar Renan; 41 também é o número dos que afirmaram terem votado a favor da cassação – o que nos leva a duas saídas: permanecer na ingenuidade e aceitar que talvez tenha havido fraude no sistema de votação, ou então constatar a triste realidade política do país – pelo menos 6 senadores mentiram).

Eu poderia ficar horas enumerando históricas coincidências que envolvam o número 40. Ali Babá tinha 40 ladrões. 40 é também o número de mensaleiros indiciados. Mas tudo isso já foi feito blogosfera afora.

Também dava para falar dessa interessante Google bomb iniciada por dois blogs ao mesmo tempo e que foi parar até na mídia, demonstrando o quanto uma rede descentralizada pode se reunir a partir dos extremos para interferir no centro (mas então por que não houve uma mobilização massiva antes da votação?).

Também daria para falar de pizzas (afinal, tudo acaba em pizza mesmo), narizes de palhaço, descrédito com as instituições públicas, situações de embaraço, e tudo o mais que nos levou a essa triste sensação de desilusão coletiva.

Mas não tenho legitimidade para isso. Demonstrar um pseudo-simulacro de consciência política quatro dias depois é o mesmo que nada. (Ainda mais vindo de alguém que não lembra em quem votou para senador na eleição passada...).

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sábado, 15 de setembro de 2007

  Em busca de idéias

Preciso urgentemente ter idéias! O normal é que elas apareçam sem ter que procurá-las. Elas costumam brotar assim, do nada, espontaneamente. (Na verdade, não é bem do nada. Elas precisam de todo um contexto especial para surgirem. Um contexto que propicie que elas surjam, ao menos aparentemente, a partir do nada. Um contexto em que não seja preciso se preocupar com nada, para que o nada gere idéias - uma mente livre de preocupações consegue ter idéias; sob pressão, não criamos, apenas reproduzimos técnicas repetidas). Quando menos se espera, eis que surge uma idéia.

Lembro de um desenho que vi muito tempo atrás (algo como 2003) no Canal Futura (nos tempos em que eu ainda assistia televisão, em que eu ainda acreditava no potencial pedagógico dos meios), no qual as idéias (graficamente representadas pela letra “i”) continham apenas uma perna. A idéia era simples. Sozinhas, as idéias não conseguiam andar. Mas apoiadas em pessoas que decidissem levá-las adiante, as idéias iam longe.

Estou disposta a apoiar uma idéia, a dar suporte a várias idéias ao mesmo tempo. O problema atual é um pouquinho mais pontual. O problema é: como ter idéias?

Mas não é qualquer idéia que me satisfaz. Tem que ser uma idéia da qual se possa participar de todo o processo criativo de gestação. Do estalo inicial à execução. Do brainstorming acidental ao elogio ou à decepção final. Posso até me sentir frustrada depois, mas o importante é que seja uma idéia própria. Uma idéia minha. Algo que, tanto faz que dê certo ou errado ao final, mas que me faça querer ir até o fim.

Alguma idéia de como conseguir isso?

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terça-feira, 11 de setembro de 2007

  Meme no Twitter?

Hoje faz seis anos que dois aviões se chocaram contra as torres gêmeas do World Trade Center e mudaram o mundo. Em uma data tão estigmatizada como essa, fica difícil não lembrar o que acontecia há seis anos atrás com a gente e com o mundo.

E foi assim, de forma mais ou menos caótica, mas organizada, que hoje, seis anos depois da tragédia do WTC, muita gente decidiu atualizar o Twitter com uma frase curta que sintetizasse o que estava fazendo há seis anos atrás. Fica a pergunta: Seria esse o primeiro grande meme do Twitter?

(Via Interney)

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Em tempo: participei também, mesmo sem querer, tal é o poder dos memes... :P

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sábado, 8 de setembro de 2007

  Explorando o Twitter

O Twitter é um microblog. Um microblog é uma ferramenta que permite atualizações rápidas e curtas, e, se possível, a partir de uma multiplicidade de suportes diferentes (é possível atualizar o Twitter, por exemplo, pela web, por IM, ou até mesmo pelo celular - por SMS ou Internet móvel). Há outras ferramentas de microblog por aí, como o Pownce e o Jaiku (o que mais se assemelha ao modelo do Twitter), mas o interessante do Twitter é a limitação de espaço. As micropostagens não podem ultrapassar 140 caracteres (é o mesmo tamanho máximo para o envio de uma mensagem de celular por SMS).

Há ainda o Tumblr, que tem um formato interessante, e permite não apenas textos, mas também imagens, fotos, citações, diálogos, links e vídeos. Mas, dada a multiplicidade de formatos que aceita, o Tumblr se situaria na verdade em uma categoria intermediária entre blogs e microblogs (os tumblelogs).


busca comparada por quatro microblogs via Google Trends.

O Twitter existe desde o ano passado. Criado em março de 2006 e tornado público em agosto do mesmo ano pela Obvious, o Twitter teve um crescimento rápido ao redor do mundo. No Brasil, o hype só foi começar mesmo lá por meados de agosto de 2007. Foi em agosto também que surgiu o primeiro ranking para mapear o crescimento e a popularização dos usuários em língua portuguesa.

O que se pode fazer com o Twitter

A idéia original do Twitter é a de se postar o que se está fazendo no momento. O tamanho reduzido da postagem aliado à multiplicadade de modos de se poder atualizar poderia levar a uma prática que beirasse ao voyeurismo. Poderia. Entretanto, a parte mais legal do Twitter é o fato de que seus usuários têm se apropriado da ferramenta para fazer usos interessantes do sistema. E um desses exemplos é o uso do Twitter como ferramenta jornalística.

Desde o final de agosto, está no ar o ReporTwitters, um site dedicado a jornalistas que queiram utilizar o Twitter como ferramenta de trabalho. A idéia é mostrar os bastidores da produção da notícia através do Twitter, ou então usar o próprio Twitter como meio para encontrar e entrevistar fontes espalhadas pelo mundo.

vários outros usos possíveis para o Twitter, como usá-lo para fazer a cobertura ao vivo de um evento, para notícias, para falar sobre si mesmo (a proposta inicial), para comunicação entre integrantes de um grupo de trabalho, para escrever uma história de ficção experimental em trechos de 140 caracteres, para fazer perguntas (embora os demais twitters tenham a tendência a crer que toda e qualquer pergunta é meramente retórica), como um miniblog genérico (dá até para postar links, cujas URLs são automaticamente compactadas por serviços terceirizados como o TinyURL)... enfim, há uma infinidade de possibilidades. E todas elas requerem uma mega readaptação por parte do usuário ainda não acostumado a reduzir frases e idéias complexas a míseros 140 caracteres.

Um uso interessante possível para o Twitter é estabelecer diálogos coletivos de modo assíncrono. Para isso, basta colocar uma @ antes do nome do usuário para quem se quer dirigir uma determinada atualização, e essa pessoa será notificada da nova mensagem.

Assim, embora na prática não haja a possibilidade de se adicionar comentários a uma determinada postagem – como nos blogs -, o Twitter consegue manter a possibilidade de conversação entre indivíduos a partir do envio de mensagens direcionadas.

Indo além do próprio Twitter

O Twitter tem a plataforma aberta, o que significa que qualquer um pode utilizar o código do sistema para buscar usos criativos. Há uma infinidade de sites e programas derivados do Twitter. Um exemplo é o TwitterDigest, que permite criar feeds de periodicidade diária a partir das atualizações de um número limitado de pessoas. Há também o Twittervision, que se propõe a situar as últimas atualizações ao redor do mundo em um mapa mundi. É possível até mesmo programar o Twitter para lembrá-lo de fazer alguma coisa importante, como se fosse um serviço de timer.

(Alguns aplicativos que surgem acabam sendo um tanto inúteis, como o Twitter Comic Book, que mistura as atualizações do Twitter de uma determinada pessoa com fotos aleatórias encontradas via Flickr)

Dentre os recursos do próprio Twitter, é possível obter uma interessante visualização em 3D de suas atualizações em conjunto com a de seus amigos e amigos dos amigos através do Explore Twitter.

O site ainda não tem uma versão em português. Mas há o Gozub, um microblog totalmente brasileiro. A cópia é tão descarada que a frase-mote do site brasileiro é “O que você está fazendo?”. O Gozub também adota a terminologia de “seguidores” e “seguidos”. Enfim, é praticamente uma versão brasileira do Twitter. Mas com funcionamento independente, o que contribui para que constitua apenas um gueto, na sua maioria de jovens com idade inferior a 18 anos.

Já o jornal 20minutos, da Espanha, resolveu ser feliz ao extremo e criar seu próprio serviço de micropostagens – limitado a 150 caracteres e com grandes semelhanças com o Twitter.

Explorando ao máximo sem sair do próprio Twitter

É fundamental aprender bem as regras de funcionamento do site para poder explorar o Twitter ao máximo. Os comandos são simples, e podem ser usados a partir do celular, de um programa de mensagens instantâneas (como o Google Talk), ou pela web. Para acessar na web do celular, basta apontar o navegador para m.twitter.com. SMS e IM podem ser configurados a partir do site do Twitter. Por enquanto, ainda não há um número de SMS no Brasil para fazer as atualizações, o que acaba encarecendo um pouco o uso do Twitter por essa via.

Enfim, talvez o Twitter não seja o microblog mais eficiente que existe. O próprio Pownce apresenta bem mais utilidade. Além de postagens curtas (e não tão limitadas em tamanho quanto no Twitter) também é possível administrar uma rede de contatos e enviar e receber arquivos (de até 10Mb) pelo Pownce. Mas o diferencial do Twitter é o público... E o uso criativo que essas pessoas fazem da ferramenta.

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sexta-feira, 7 de setembro de 2007

  Monetização de blogs

Minha contribuição à campanha de monetização de blogs:


Impression, soleil levant, de Claude Monet. 1873. 48 x 63 cm. Óleo sobre tela. Representa o nascer do sol no porto de Havre. Atualmente exposta no Museu Marmottan, em Paris. A pintura deu origem ao nome do movimento impressionista.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2007

  Novidades sutis no Orkut e no Google Reader

Quer saber quando seus amigos atualizam seus perfis no Orkut sem ter que se dar ao trabalho de abrir página por página? Agora é possível! O recurso é meio Facebook, mas não deixa de ser interessante. O Google Reader também apareceu hoje com algumas mudanças sutis, como mostrar o total de feeds não lidos. Era menos assustador abrir e ver "100+" ao invés de "857" na quantidade de novos itens...

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terça-feira, 4 de setembro de 2007

  Todo dia é dia de blog

(ou BlogDay, 4 dias depois...)

Como hoje não é o dia cujos números formam a palavra Blog (31/08), sinto-me no direito de subverter as regras e simplesmente indicar 5 blogs, genericamente considerados. Talvez o único referencial para que não seja completamente qualquer coisa menos um BogDay seja o fato de que são 5 blogs. E que são blogs. O resto... nem sequer consegui entender (e isso desde o ano passado) se precisam ser 5 blogs 'novos' no sentido de que a própria pessoa que indica não os conhecia antes, ou apenas novos no sentido de que não constaram na lista do ano passado. E, ao menos em tese, deveriam ser blogs espalhados geograficamente. Mas a maior parte dos blogs estrangeiros que leio já foi citada no ano passado. Enfim, sem maiores enrolações... eis a lista: (em ordem aleatória, e constando apenas blogs que eu não costumava ler em agosto do ano passado - ou porque não existiam, ou porque ainda não os conhecia)

Universo Anárquico - blog da Tina Oiticica Harris. O ponto forte são os relacionamentos que a Tina, blogueira-anfitriã de mão cheia, estabelece com seus leitores.

Marmota - blog do jornalista André Rosa (e que atualmente está em férias). Foge da idéia de que jornalista-precisa-ter-blogs-jornalísticos. O Marmota fala de tudo, e fala de tudo muito bem .

Dossiê Alex Primo - blog do professor e pesquisador Alex Primo. Promove verdadeiras conversações na blogsfera.

Atmosfera - blog coletivo. Impressões sobre o clima, a partir de várias partes do mundo.

Read/WriteWeb - só para não dizerem que não tem nenhum blog estrangeiro na lista (embora, tecnicamente, a Tina more nos States, e o Atmosfera receba contribuições eventuais de fora do país). Blog coletivo sobre novidades na web. Média de 2-3 posts por dia. Lots of geek stuff.

Aliás, agosto teria sido um verdadeiro BlogMonth, dada a quantidade de acontecimentos ligados à blogosfera, como a discussão a partir da veiculação da infeliz campanha publicitária do Estadão, ou a realização do BlogCamp.

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Em tempo: não fui só eu que perdi a data. O Tiagón, por exemplo, fez um divertido BlogOntem.

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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

  Intercom 2007

Sobrevivi a cinco dias sem usar computador. Mas valeu a pena. Nos últimos dias, estive em Santos, São Paulo, participando do Intercom. O Intercom reúne todo ano milhares de estudantes, professores e pesquisadores em Comunicação - são vários eventos relacionados às Ciências da Comunicação acontecendo ao mesmo tempo, como oficinas, palestras, apresentações de trabalhos e mostra competitiva.

Até tinha computador por perto. Mas eu me recusava terminantemente a pagar o valor exorbitante cobrado pelo nosso hotel para usar no máximo meia hora de Internet. Preferi limitar-me a breves incursões virtuais via Opera Mini. Como eu não lembrava de jeito nenhum a palavra necessária para postar no blog por e-mail (e também não consegui acesso ao Blogger via mininavegador), continuei atualizando o Twitter (as três últimas atualizações do microblog aparecem ali ao lado no menu do blog – de forma tosca e um tanto caótica). Até tentei fazer uma microcobertura hiperlocalizada de uma única sessão de um evento, mas ninguém estava acompanhando, e acho que, por conta da impossibilidade de edição imposta pelo tempo real, acabei exagerando na crítica – ao menos foi uma experiência interessante. Mesmo que ninguém estivesse acompanhando :P

A única coisa talvez um tanto sem graça (ao menos para mim) no Intercom deste ano tenha sido o Intercom Júnior. Mas ano passado também foi assim. Além de nos isolarem em um prédio separado dos demais eventos (também foi assim em 2006), havia pouquíssima gente na sala (este ano, era, literalmente, só os que iriam apresentar, e o coordenador da sessão; ano passado pelo menos ainda tinha uns 3 ou 4 indivíduos constituindo uma ‘pseudoplatéia’). O agrupamento de trabalhos se dá mais ou menos por tema, o que é interessante – embora eu tenha me sentido meio deslocada para falar sobre jornalismo na Internet para uma platéia que sabe apenas sobre jornalismo. As críticas/sugestões/idéias foram todas no sentido de dar continuidade ao trabalho de forma diferente, explorando novos ângulos jornalísticos - como na idéia de estudar o enquadramento das notícias.

Enfim, cada vez me sinto mais estudante de Comunicação, e menos estudante de Direito; mais acadêmica, menos profissional. Pena que após o congresso a gente precise voltar à (ir)realidade cotidiana, não tão cheia de coisas interessantes a serem feitas ao mesmo tempo...

--

Em tempo: só fui perceber que Santos é uma ilha quando já estava dentro dela. Minha noção de geografia é terrível.

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