sábado, 14 de julho de 2007

  Pensamento não-linear

Não sei o que há de errado comigo, mas, ultimamente, meus pensamentos todos têm saído de forma totalmente não-linear. É como se uma coisa fizesse lembrar outra coisa que tivesse a ver com outra coisa que se relacionasse com outra coisa que, por sua vez, despertasse em mim a lembrança de alguma outra coisa, que -- legal! nunca tinha reparado o quanto essa florzinha ao lado do monitor é interessante. Bem verm- Um gato miou no telhado? Poxa, já é 14 de julho. Em seguida recomeçam as- não posso me esquecer de responder aquele e-mail! Quer saber? Vou fazer isso agora mesmo. Mas, espere aí, onde é que eu estava mesmo? Ah, sim, estou escrevendo um post para o -- o que aquela caixa faz na estante dos livros?? Eu, hein, que coisa mais sem noção. Esse escritório está uma bagunça. E não é culpa minha, porque, tecnicamente, eu não mor- por que as pessoas nessa foto de 1994 estão vestidas com roupas esquisitas? Será minha percepção que é diferente agora? (as roupas não deveriam parecer esquisitas à época em que a foto foi-- E se a porta do armário cair, será que bate na minha cabe- POR QUE RAIOS A IMPRESSORA ESTÁ LIGADA? Ah!, lembrei, tenho que terminar de baixar aquele dicionário para continuar a tra- Não, eu NÃO quero passar o antivírus agora. Computador com vontade própria, era só o que -- opa. Já ia me esquecendo de revisar minha parte do rel- Já sei! Já sei!!! Tive uma idéia ótima para um post. Se bem que... eu já não estava escrevendo um? Sobre o que que era mesmo? (...)

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Comentários:

Blogger Vica disse:
Dispersão... também ando assim...
 
Anonymous Anônimo disse:
Este processo em português se chama "Fluxo de pensamentos". É o processo que usam Virginia Woolf, Proust e outros menos votados. Só que dentro do fluxo de pensamento deles há um objetivo final, ou seja, as coisas não são tão caóticas assim. O post reflete o pensamento sem foco. Será que você desistiu da lógica?
 
Blogger Gabriela Zago disse:
Ou é a lógica que resolveu fugir de mim :P
 
Blogger f disse:
Pensamento sem foco não deixa de ser lógico.
Aliás, o própria lógica é uma tentativa [muitas vezes] vã de explicar as coisas como eles deveriam ser, e nem sempre como de fato são.
Gostei muito do post, pelo fato de expressar exatamente aquilo que nos acontece todos os dias, em todos os instantes de nossa vida. Não há nada mais célere e fulgaz quanto os nossos pensamentos, nada mais confuso e caótico quanto idéias. E tudo está interligado - ainda que tentemos limitar assuntos e definir propostas - para nós mesmos, para os outros - sempre há algo que foge, tange, e assim nos vemos à mercê de turbilhões de links em nossa mente. Eu adoro isso.
 
Blogger w1zard disse:
vivo assim.. e é bem complicado às vezes. principalmente quando vc começar a explicar algo em que está pensando, baseado naquele filme que só vc viu, e então vai explicar a cena do filme e quando termina, já está em outro assunto.

para evitar que eu faça isso constantemente, faço listas! agora só preciso segui-las.
 
Blogger Rodka disse:
Magnífico. O post não poderia ser mais perfeito e adequado. =D
 
Anonymous Anônimo disse:
Vou ver se me expresso melhor. O fluxo de pensamentos é uma técnica utilizada pela Virginia Woolf, Proust e James Joyce. Quando eles usam esta técnica eles estão em um falso abandono da estrutura linear (lógica) pois dentro do discurso do fluxo de pensamento uma idéia puxa a outra; certo, mas o resultado final conta uma história, um tema.

Quando escrevi "Você abandonou a lógica?" simplesmete quis mostrar que eu, leitora, estava consciente
da mudança no seu discurso, Gabriela, e nada mais.

Não sou juíza de concursos, apenas demonstrei minha opinião. Não existe errado nem certo, muito menos perfeito. É um post de estilo diferente do seu estilo, é experimental e acho que é só.
 
Blogger Gabriela Zago disse:
Realmente, agora entendi melhor o comentário. E, sim, era um post experimental - faz bem abandonar a lógica de vez em quando.
Já tive a absurda intenção de escrever um livro inteiro assim (só com base no fluxo de pensamento). Até postei o início da história em um post há algum tempo atrás (link aqui).
Mas não tenho muito conhecimento de causa para falar sobre a técnica porque nunca li nem James Joyce, nem Proust, nem Virginia Woolf :/ Mas esse seu comentário me fez ter (mais) vontade (ainda) de ler :D
 


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