segunda-feira, 30 de julho de 2007
Comprando um remédio
Eu estava em casa, sem nada para fazer, e tive a brilhante idéia de fazer papel de palhaça ir na farmácia que fica na esquina onde moro para comprar um remédio (na verdade, estava atrasada para chegar na aula, mas isso é detalhe). Cheguei lá e não tinha. Aí o vendedor ligou para outra farmácia da mesma rede, confirmou com o ser do outro lado da linha que o produto estava disponível no estoque da outra loja, e me remeteu ao outro endereço. Cinco quadras adiante, na outra farmácia da mesma rede, chego e pergunto pelo mesmo remédio. O vendedor disse que estava em falta. Então repito toda a situação, digo que o vendedor da outra farmácia tinha ligado para lá e garantiram que o produto estava disponível no estoque. Aí o vendedor, num brilhante gesto de generosidade, ligou para outra loja da rede, uma terceira farmácia de mesmo nome. E sim, supostamente lá teria o remédio que eu procurava. Mas dessa vez não caí na armação deles. Não, eles não me remeteriam a cinco quarteirões adiante mais uma vez, para chegar lá e descobrir que há uma quarta farmácia da mesma rede e que talvez tenha o remédio. E depois me remeteriam à quinta, à sexta... Sabe lá se não seriam infinitos estabelecimentos, num total monopólio de nosso tempo e dinheiro. Reclamei – de leve – da falta de consideração do estabelecimento com seus clientes, e fiz o caminho de volta até minha casa, com a promessa de parar em qualquer farmácia que tivesse no meio do caminho para comprar o remédio. Duas quadras adiante (ou a três quadras da farmácia da esquina da minha casa, como preferir) encontrei uma farmacinha simpática que nunca tinha visto. Entrei, pedi o remédio. E em menos de 30 segundos já estava saindo do estabelecimento com o medicamento em mãos. Simples, rápido, fácil, prático. E garanto que eles não têm várias farmácias interligadas em rede para remeter os clientes na vã ilusão de encontrar logo o alívio para seus sintomas mais insistentes...
Dica para funcionários de farmácias: não façam uma asmática cuja doença se manifesta por esforço físico continuado caminhar várias quadras para comprar o refil do inalador. Vocês correm o risco de perder a cliente para uma farmacinha pequena que fica apenas três quadras adiante.
Máximas de experiência: nem sempre o lugar mais perto de casa representa a melhor opção para comprar alguma coisa.
Marcadores: querido diário
Comentários:
Essa tua história, definitivamente, acaba com a veracidade daquele famoso ditado, normalmente usado pelas mulheres e ignorado pelos homens, que diz: - o caminho mais perto é sempre o caminho que a gente conhece!
Ah, e melhoras quanto à asma. Essa época é sempre problemática. Mas, veja pelo lado positivo, ao menos o cara da farmácia não pensou que levavas uma bomba dentro do nebulizador :P
"nem sempre o lugar mais perto de casa representa a melhor opção para comprar alguma coisa"
pra mim é assim para o mercado, a farmácia, a video locadora, a padaria...
Participe desta conversação :)
<< Voltar para o blog