sábado, 9 de junho de 2007

  A eterna crônica da viagem de ônibus

Não deixa de me surpreender a quantidade de pessoas que mora na beira da estrada. (Se bem que, no dia em que eu deixar de me surpeender com algo neste mundo, o próprio viver perderá o sentido.) Sempre que pego o ônibus semi-direto no trajeto Pelotas-Bagé de dia fico totalmente impossibilitada de fazer qualquer coisa de útil (como ler, ou algo parecido), pois o ônibus precisa parar pelo menos uma vez a cada minuto, para subir ou descer alguém. Como conseqüência, ou faço uma leitura muito superficial (algo como um parágrafo do texto a cada parada brusca do ônibus, ou leitura durante o movimento, o que na prática dá no mesmo, porque a gente passa mais tempo parado do que em movimento durante o trajeto), ou então aproveito as três horas de viagem para ter uma convivência forçada comigo mesma.
Nessas horas de convivência forçada, tenho muitas e muitas idéias. Mas não tenho como salvá-las ou armazená-las para posterior consulta. O ideal seria ter a possibilidade de se poder gravar pensamentos em tempo real. Eu não iria me importar em levar o tempo que fosse para degravar três horas initerruptas de pensamentos férteis e criativos, no mais legítimo estilo fluxo de consciência :)
Triste sina: as melhores idéias surgem por acaso - e, infelizmente, elas costumam brotar quando estamos longe de um computador ou de um pedaço de papel com caneta.

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Comentários:

Anonymous Anônimo disse:
Ah-ha! Para esses momentos há uns caderninhos de 5 cm x 5 cm aqui. Aí você sempre leva um lápis, porque canetas falham.

Meu tio-avô anarquista assim fazia, minha mãe idem. Eu tenho tantos cadernos que o problema é como e quando transpassá-los par ao computador.

Não é que os melhores momentos literários vêm de repente, não mais que de repente, citando Vinicius?
 
Blogger jctunes.blogspot disse:
Fiz várias destas viagens entre Pelotas e Bagé por conta do trabalho, como você disse na maioria das vezes não se consegue concentração na leitura, quanto as idéias que surgem durante o trajeto são todas perdidas em razão de uma memória incapaz de mantê-las armazenadas.
 
Blogger w1zard disse:
tudo o que você precisa para anular a criação de uma idéia é algo para anotá-la. assim que você começar a carregar um bloquinho, as idéias começarão a brotar em outros momentos. ou não.
 
Blogger Gabriela Zago disse:
Não adianta mesmo. É a lei de Murphy das idéias criativas.
 


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