domingo, 6 de agosto de 2006
Comunicação de massa individual
Em um artigo da edição de agosto de 2006 do Le Monde Diplomatique, o sociólogo, professor e pesquisador espanhol Manuel Castells fala sobre a emergência dos chamados meios de “comunicação de massa individual” (mass self communication). Com as facilidades criadas pela Internet (mais precisamente, com a Web 2.0), uma nova forma social de comunicação teria surgido. Esse novo modo de se comunicar se traduz pelo maneira pela qual a informação pode ser difundida: cada vez mais, a produção individual se torna passível de atingir as massas (algo inimaginável há algum tempo atrás). É mais ou menos como diz a propaganda televisiva do iG: o mundo é de quem faz (e, na Internet, todo mundo pode fazer... :P).
Alguns excertos do artigo de Manuel Castells podem ser conferidos no blog “SociétiQ” (em francês). Via eCuaderno (encontrado originalmente pelo StumbleUpon).
Update 16/08/06: link para o artigo completo (traduzido) no Le Monde diplomatique Brasil. Parece meio incongruente ter acesso à tradução, mas não ao texto original em francês... o.0 :P
Todos somos jornalistas
No mesmo sentido, a reportagem do El País, intitulada “Todos somos periodistas”, enaltece o chamado “jornalismo cidadão”. Com as facilidades trazidas pela Internet, a informação estaria vivendo uma nova revolução: qualquer um pode contribuir para a construção dos conteúdos nos novos meios de comunicação. A reportagem também menciona Wikipedia, YouTube, Technorati, e mais uma penca de serviços que estão em voga ultimamente.
Entretanto, mesmo com intensa participação do cidadão, o papel dos jornalistas não estaria arruinado. Alguém ainda precisaria desempenhar o papel de selecionar o que pode vir a ser relevante para a população. A mídia tradicional permaneceria ocupando o lugar central no papel de manter os cidadãos informados. Mas ela tem muito a ganhar com a participação cada vez mais ativa de seu público, através de opiniões ou de contribuições.
Marcadores: mídia
Comentários:
Você fala muito do StumbleUpon. Vou ver.
Gostava de ler o Le Monde Diplomatique. Gosto deste tema. Lembra o Cainha da "Aldeia Global" dos anos sessenta.
Perfeito, perfeito!somos mesmo todos jornalistas, mas é preciso filtrar, e com muito cuidado, aquilo que é futil daquilo que realmente constitui crítica construtiva. Muito mais do que falar, é preciso "pensar" a notícia, tentar trazer à baila algum aspecto silenciado ou esquecido, coisa que todos os jornais são peritos em fazer :)
Você faz isso mtoooo bem!bjos!
Participe desta conversação :)
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